Por (*) João Bosco Leal
Por alguma declaração ou atitude de um conhecido, amigo ou parente, apesar de aparentemente sequer a havermos notado, nossa relação com essa pessoa é um pouco ou totalmente alterada e dela nos afastamos ou aproximamos mais.
Iniciam-se assim as maiores ou menores afinidades, os afastamentos, as amizades e muitas vezes, quando menos esperamos ou mesmo sem entender o motivo pelo qual isso aconteceu, nossos sentimentos por uma pessoa são alterados.
Podemos sentir algum tipo de repulsa, carinho, amizade, atração, paixão, mas muito raramente sentiremos amor.
Na juventude surgem as primeiras pessoas que mesmo quando vistas pela primeira vez, nos provocam verdadeiras paixões e, no decorrer de nossas vidas, pessoas que julgávamos próximas se afastam e outras com quem tínhamos pouco contato se aproximam, tornando-se amigas.
Algumas que estavam ao lado como colegas de estudos, trabalho ou simplesmente conhecidas, podem passar a ocupar um espaço maior de tempo em nossos pensamentos e em diversos momentos delas nos lembrarmos com uma frequência muito maior do que antes, abrindo a possibilidade de com essas podermos experimentar outro tipo de relacionamento.
Por caminhos inesperados, diferentes e normalmente muito prazeirosos, os sentimentos nos aproximam de pessoas por quem não imaginávamos poder sentir carinho ou amizade, mas por algum motivo percebemos que são especiais, raras, que chegaram em nossa vida para ficar, tornando-se aquelas amigas que mesmo quando distantes jamais se ausentarão.
Em outras oportunidades somos por eles levados a nos apaixonar, viver momentos de alegrias, prazeres e até a pensar que estamos amando, o que normalmente não é verdadeiro.
O amor pleno, assim como só passamos a entendê-lo na maturidade, que envolve dedicação, concessão, carinho, amizade e cumplicidade, repleto de momentos felizes e inesquecíveis, é raro e provavelmente só ocorrerá uma única vez durante nossa vida.
Mas apesar de não existirem manuais de bom funcionamento ou garantias, para que possamos realmente viver um amor quando ele ocorre, algumas regras básicas precisam ser seguidas, como a não permissão de opiniões e interferências provenientes de amigos, parentes ou filhos – que poderão causar momentos tristes, doloridos, de constrangimento ou até o rompimento do casal -, pois nenhuma dessas pessoas, por mais importantes que sejam na vida de cada um, jamais suprirão a falta que um companheiro que nos ame fará em nossa vida e na velhice.
Entretanto, se alguns momentos tristes, choros, dores, palavras não ditas e sentimentos não demonstrados ocorrerem por motivos exclusivos dos dois, serão facilmente superadas pela vontade de um fazer o outro feliz, pois mesmo sendo incapazes de mudar, quando realmente amamos, sempre podemos melhorar.
E quando seu par demonstra que pretende ser uma pessoa melhor, continuar a seu lado e envelhecer com você, é uma demonstração inequícoca de que entre os dois já existem coisas mais importantes para serem avaliadas, levadas em consideração, do que os tropeços e erros que são facilmente perdoados e quando se ama verdadeiramente, novas chances sempre podem ser concedidas.
Não serão as conversas de terceiros, pequenos comportamentos dos quais discorda, os incidentes ou acidentes ocorridos durante a vida, que abalarão um verdadeiro e inesquecível amor.
Siga seu coração, seu instinto, e não permita que o amor passe sem vivê-lo plenamente.
(*) João Bosco Leal -
jornalista, reg. MTE nº 1019/MS, escritor, articulista político, produtor rural
e palestrante sobre assuntos ligados ao agronegócio e conflitos agrários.
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