sexta-feira, 31 de maio de 2013

Reatamento - Por João Bosco Leal


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 João Bosco Leal <artigos@joaoboscoleal.com.br> por  cli12668.bounceret.com 
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João Bosco Leal
   

Como em uma rodovia, mesmo que repetindo um trecho já percorrido outras vezes, a viagem da vida é diferente cada dia, com retas, curvas mais ou menos acentuadas, subidas, descidas e paisagens distintas.

Cansados, distraídos ou olhando para algo do lado, não percebemos a chegada de uma curva e...  Logo aparecem os comentários de alguém informando que se..., ou se..., isso não teria ocorrido, pelo menos não com tanta gravidade, o mesmo fim.

Acidentes podem ou não ocorrer na vida dos que vivem e, mesmo aqueles que se privam de tudo e de todos, tentando não correr qualquer risco estão, a qualquer momento, sujeitos a uma ocorrência inesperada seja onde estiverem.

Independentemente da situação, local, clima, velocidade ou meio de transporte, acidentes podem ocorrer. O que muda, dependendo dessas e de outras variáveis, é a gravidade do mesmo.

Assim é a vida. Passamos todos os dias pelo amanhecer, o entardecer e a nova noite, mas eles nunca foram e jamais serão iguais.

Em um deles podemos conhecer alguém que se tornará nosso maior parceiro, amigo, a maior paixão ou verdadeiro amor, com quem viveremos por muito tempo ou até a morte, mas em outro poderemos conhecer nosso maior adversário, rival, inimigo.

Entretanto, como jamais saberemos o que nos aguarda no futuro, não há como escolher o dia que não sairemos de casa para não conhecermos alguém pouco interessante, ou para não corrermos algum risco. Assim procedendo, poderíamos deixar de conhecer coisas ou alguém agradabilíssimo.

E esse alguém poderá ser o amigo que precisávamos ou se tornar o amor com o qual sempre sonhamos. Mesmo assim, por medo, alguns se recolhem e aí realmente diminuem bastante suas chances, inclusive de encontrar a pessoa com quem sonhava.

Provavelmente esse talvez seja o motivo pelo qual tenho ouvido pessoas dizerem que já erraram muito, sofreram, que estão cansadas e que dificilmente farão novas tentativas. Não é o que penso sobre os relacionamentos afetivos que por algum motivo foram rompidos.

Com eles sempre aprendemos algo, o que certamente facilitará um próximo que poderá ocorrer, ou melhorar muito o mesmo, se reatado for.

Surgem momentos, mesmo aqueles de superação dolorosas, em que precisaremos nos despedir de algo, algum lugar ou alguém que já não se encaixam mais em nossa vida, ou ficaremos, pelo resto da vida, nos lamentando pelo fato de não termos sido capazes de nos levantar e seguir bem frente, ou voltar a um relacionamento do qual jamais devíamos ter nos afastado.

Não importa quando ou onde, o fato é que durante a vida, só não acertam ou erram muito, os que não tentam. Isso, porém, não significa que devemos tentar de qualquer modo, com qualquer um, inconsequentemente, pois sabemos que, por motivos diversos, com muitos a possibilidade de dar errado é maior que a de dar certo. Além disso, todos nós possuímos famílias, filhos, netos, amigos, e nossa moral e ética precisa, sempre, ser levada em consideração.

Por outro lado, todos podem cometer erros, tomar atitudes impensadas, inconsequentes, de resultados normalmente desastrados, mas isso não deve impedir novas tentativas, até mesmo de retorno com aquele de quem nos separamos.

Tentar um reatamento quando o passado já foi muito bom, aumenta exponencialmente a chance de um futuro maravilhoso.
João Bosco Leal    www.joaoboscoleal.com.br
* Jornalista e empresário

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Você abusou - Por João Bosco Leal (*)

de:
 João Bosco Leal <artigos@joaoboscoleal.com.br> por  w-c-2.datatop.com.br 
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 17 de maio de 2013 01:00
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João Bosco Leal




17 de maio de 2013 

DeclaraçãoA dupla Antônio Carlos e Jocafi, totalmente desconhecida pela juventude atual, mas muito famosa quando eu era jovem, fez muito sucesso com uma música cujo refrão era: “Você abusou, tirou partido de mim, abusou”.

“Mas não faz mal, é tão normal ter desamor, é tão cafona, é sofredor, que eu já nem sei se é meninice ou cafonice o meu amor”, dizia a letra.

Hoje observo como essa letra está atualíssima, pois, realmente, na sociedade em que vivemos, parece ser cafona e sofredor amar alguém. O normal é ter desamor, não se apegar a nada ou ninguém.

Falar de amor, declarar-se apaixonado então, parece ser algo inimaginável atualmente, em virtude de “Se o quadradismo dos meus versos vai de encontro aos intelectos, que não usam o coração como expressão”. 

“Você abusou, tirou partido de mim, abusou”, parece ser o único sentimento possível de ser recebido pelos que, como eu, ainda pensa sobre e procura um amor verdadeiro, como o daqueles tempos, quando se buscava uma companheira para conosco permanecer até o apagar das luzes.

“E me perdoe se eu insisto nesse tema, mas não sei fazer poema ou canção que fale de outra coisa que não seja o amor”, continua a letra, exatamente como eu diria àquelas que, atualmente, desprezam um verdadeiro amor.

Outro dia, em uma rede social, li que atualmente, “Os homens querem casar e as mulheres querem transar”, ou seja, está ocorrendo uma inversão enorme de valores entre os da minha geração e os da atual.

Mesmo que não seja para literalmente “transar”, parece que as mulheres – apesar de reclamarem do inverso -, estão mesmo é procurando sair, dançar e beber sem nenhum compromisso, sem se apegar a alguém.

Dão mais importância às saídas com suas amigas, colegas ou parentes do que com um pretendente a ser seu amor. Não pensam em seu futuro. E esse, penso, será o maior problema das que assim agem.

O tempo da diversão também pode ser curtido com um parceiro, e não exclusivamente com pessoas com quem não possua nenhum relacionamento amoroso. Esse tempo passará, elas se cansarão, procurarão um ambiente mais caseiro e aí, certamente você estará só. Seus filhos e netos estarão levando a própria vida e as atuais “amigas” já não estarão mais interessadas em noitadas, danças ou bebidas.

São fases da vida daqueles que não pensam em seu futuro e não poderão ser revertidas quando, já com mais idade, os interesses serão outros, mas não terá com quem viver maravilhosamente tão bem, como os que escolheram estar ao lado de alguém com quem construíram uma história, têm o que conversar e do que se lembrar.

Entretanto, a grande maioria não pensa assim e continua dançando e bebendo cada dia com um, sem pensar no amanhã e muitas vezes até zombando da minoria, que pensa diferente. Mesmo que de mim tirem partido, prefiro fazer parte desse pequeno grupo, dos eternos apaixonados.

E deixar que “o quadradismo dos meus versos vá de encontro aos intelectos, que não usam o coração como expressão”.

(*) João Bosco Leal - jornalista, reg. MTE nº 1019/MS, escritor, articulista político, produtor rural e palestrante sobre assuntos ligados ao agronegócio e conflitos agrários.

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segunda-feira, 6 de maio de 2013

Ausência - Por João Bosco Leal



de: João Bosco Leal <artigos@joaoboscoleal.com.br> por  w-c-2.datatop.com.br para: nogueirablog@gmail.com
data: 3 de maio de 2013 01:00assunto: Ausênciaenviado por: w-c-2.datatop.com.br
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João Bosco Leal
 
Ausência

François La Rochefoucauld resumiu em uma única frase: “A ausência apaga as pequenas paixões e fortalece as grandes” o que, como a grande maioria, passei a vida sem enxergar, apesar de já praticamente um sexagenário.
As diversas e pequenas paixões vividas são praticamente esquecidas quando, depois de encerradas, aqueles que as viveram se afastam, deixam de se ver, se comunicar ou o fazem com pouca frequência.

Entretanto, quando se vive uma grande paixão, a distância física e temporária parece que só a faz tornar-se maior. É a falta que sentimos daquela pessoa que nos faz pensar, lembrar e manter acesa sua chama.

Isso pode ser facilmente constatado entre os apaixonados durante o afastamento provocado por uma simples viagem ou após o fim do relacionamento ou em outro tipo de relacionamento onde o que ocorre não é exatamente a paixão, mas uma grande afinidade ou mesmo o amor, como entre amigos e parentes.

Pessoas que passaram por perdas de vidas em qualquer uma dessas áreas sabem perfeitamente como, apesar de transcorrido o tempo, a ausência só provoca o aumento do sentimento que se tinha por alguém.

A ausência das pessoas que já não vivem e jamais retornarão, de um modo ou de outro terão que ser suportadas por quem a sente, mas a ausência de uma paixão ou amor que só está distante fisicamente pode e deve ser resolvida, extinta.

São raras as pessoas que durante a vida têm a oportunidade de viver uma grande paixão e mais raro ainda, um verdadeiro amor, mas apesar disso ainda vemos pessoas que, tendo essa felicidade, a desperdiça, perde momentos valiosíssimos ao lado daquele que ama.

Quando por algum motivo ocorre um afastamento entre um casal que se ama, há os que deixam de reatar o relacionamento por orgulho, opinião de terceiros ou medo de se machucar novamente, mas não há paixões, amores ou mesmo vidas sem riscos, assim como também não haverá produção sem o plantio, sucesso sem trabalho, gravidez sem fecundação ou rosas sem espinhos.

Não podemos deixar de viver por medos, seja de sentirmos dores, acidentes ou perdas de pessoas queridas.

É necessário aceitar, perdoar e esquecer muita coisa, procurar remediar faltas e nos corrigirmos ao invés de só nos desculparmos, mas jamais devemos abandonar uma grande paixão e menos ainda um grande amor, que talvez seja o único de nossa vida.

Ao sentirmos paixão ou amor por alguém, não devemos permitir sua distância física por longos períodos. Se ela não pode se manter próxima, nós é que devemos buscar essa aproximação, mudando de trabalho, cidade ou até de país, rompendo, dessa maneira, qualquer barreira que esteja impedindo viver esse sentimento.

As dores do passado são do passado e nunca cicatrizarão se não dermos os principais passos em direção à sua cura: o perdão e o esquecimento. Precisamos perdoar as faltas, erros e ofensas dos que estão ao nosso lado, vivos, e que conosco podem e querem viver, pois não poderemos fazê-lo após sua partida.

A felicidade só será alcançada por quem vive a vida e não simplesmente passa por ela.

João Bosco Leal     www.joaoboscoleal.com.br
*Jornalista e empresário