de:
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João Bosco Leal <artigos@joaoboscoleal.com.br>
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responder a:
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artigos@joaoboscoleal.com.br
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para:
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nogueirablog@gmail.com
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data:
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29 de novembro de 2013 02:00
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assunto:
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Uma retrospectiva aos sessenta
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enviado por:
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cli12668.p03me.com
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:
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Importante porque você marcou como
importante.
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Imagens recebidas deste remetente são
sempre exibidas Não
exibir de agora em diante.
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Senhor Editor,
envio um novo texto, Uma retrospectiva aos sessenta, para sua publicação.
Obrigado
João Bosco Leal
Uma retrospectiva aos sessenta
Com
bastante frequência, tenho pensado em tudo o que já vivi e no que ainda
posso viver. Vejo que em todos os setores cometi erros e acertos,
tropecei, cai e recomecei.
Creio
que muitas coisas poderiam ter sido realizadas de outra forma, mas não
me arrependo de nenhuma das coisas que e como as fiz, pois se assim não
tivesse ocorrido, hoje seria outro, e gosto de quem sou.
Na
educação dos filhos certamente fui mais enérgico do que precisaria, mas
o resultado foi excelente e, portanto, desse aspecto só me orgulho.
Fazendo uma comparação entre como poderia ter tido maior participação e
presença em suas vidas, com a ausência ou pouca companhia que lhes fiz -
enquanto buscava angariar recursos para proporcionar-lhes um futuro
mais seguro -, percebo que esta é uma das coisas que poderia ter sido
diferente, mais equilibrada, mas sem essa ausência eles também não
seriam o que hoje são.
Conheci
milhares de pessoas, mas por falta de novas oportunidades - ou de
afinidade -, centenas ficaram somente na apresentação. Outras, com as
quais simpatizei, foram reencontradas e de muitas me tornei conhecido,
com várias me decepcionei e, de raras, me tornei amigo.
Vi
coisas boas e outras nem tanto. Gostaria de rever algumas, outras de
nem ter visto, mas as melhores imagens e lugares dos quais trago as mais
belas lembranças, sempre tiveram relação com a natureza, com o que o
homem nunca produziu ou ainda sequer tocou.
Apesar
de hoje saber que o silêncio jamais comete erros, falei coisas que não
devia e, apesar de frequentemente tentar me corrigir, sei que este é um
defeito que ainda possuo. Ouvi o que não queria e o que não gostaria de
ter ouvido. Palavras agressivas ou sem fundamento foram trocadas
milhares de vezes.
Gostei
de muitas mulheres, me apaixonei por várias, mas amei raras. Senti
paixões por quem não devia, amei quem não me correspondeu, e fui amado
sem corresponder, mas todas as mulheres, sem exceção, me proporcionaram
momentos de felicidade e delas hoje só guardo boas ou maravilhosas
lembranças.
Todos
gostariam de ter o controle do tempo e do próprio destino, mas a única
coisa que se pode afirmar é que depois da noite um novo dia virá e é
maravilhoso saber que, se receber a benção de alcança-lo, nele poderei
viver momentos diferentes, ter outros desejos, outras opções e conhecer
novas pessoas.
A
felicidade não tem data marcada e as surpresas recebidas da vida são
imprevisíveis e, portanto, é possível que amanhã conheçamos a pessoa que
sempre buscamos, e que nos tornará felizes pelo resto de nossos dias.
No
passado dei e certamente recebi muitos beijos e abraços sem nenhum
sentimento, iludi e fui iludido com falsas promessas, mas agora, maduro,
posso dar muito mais que beleza e juventude.
Posso rir e conversar mais, me preocupar menos e agradar sem cobrar, pois sei quem, o que e como conquistei.
A
experiência adquirida nos anos vividos transforma os maduros - homens e
mulheres -, em grandes amantes, pois aprenderam que o amor é um
conjunto de segurança, amizade, carinho e prazer. E amam com mais calma e
delicadeza, mas com o mesmo ardor e desejo dos jovens.
A maturidade nos torna mais leve e com vontade de recomeçar a cada instante.
João Bosco Leal* www.joaoboscoleal.com.br
*Jornalista e empresário
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