João Bosco Leal*
Do nascer ao por do sol, em locais planos,
ondulados ou com serras, naturais ou já repletos de construções,
durante a vida nossos olhares alcançam milhares de horizontes com
inimagináveis possibilidades de diferenças, mas nunca iguais.
Admirando-os, cada um os vê de uma forma,
enxerga outro detalhe, outra cor ou sombra. E independentemente do lado
para o qual nos dirigimos, a cada passo, o que se vê é alterado, surgem
novas imagens e possibilidades.
Assim é a vida, repleta de escolhas que
podem e devem ser realizadas a cada momento, cada passo, diariamente.
Todos possuem, igualitariamente, a chance de optar para que lado, quando
e como seguir seu caminho.
Alguns são mais difíceis que outros, mas
geralmente recompensam melhor quem por eles seguiu, como as montanhas,
de difícil escalada, mas a vista de quem atinge seu cume jamais será
admirada por quem não a subiu.
Alguns horizontes estão tão distantes que
muitos sequer tentam alcançá-lo, permanecendo onde estão por julgar ser
aquele um bom lugar para se estabelecer e lá interrompem sua caminhada.
Perdem a chance de, alcançando aquele
ponto que parecia distante, admirar novas paisagens, oportunidades e aí
sim, escolher entre estas ou aquelas, que para trás deixou.
Depois daquele horizonte pode haver campos
mais férteis, água em abundância, riquezas diversas ou até algo ainda
desconhecido aos outros seres humanos.
Lá poderemos encontrar o que sempre
buscamos, motivo pelo qual sempre terão mais chances aqueles não medem
esforços em busca de novos horizontes, físicos ou culturais.
Nas oportunidades surgidas, são as
decisões pessoais, escolhas dos que possuem mais ou menos coragem,
ousadia e disposição para lutas e sacrifícios, que determinarão o
sucesso ou o fracasso de cada um, como pode ser facilmente observado nos
imigrantes nordestinos.
Muitas vezes estamos cansados das
tentativas fracassadas, das quedas, dos caminhos já percorridos e das
dores sentidas, mas será a determinação por alcançar o objetivo que nos
levará um passo adiante, uma nova caminhada e ao sucesso.
Entretanto, é muito comum vermos pessoas
que erraram, caíram ou se perderam e não buscam acertar, se levantar,
reencontrar o caminho certo e ao recebem ajuda, pequena, um simples
apoio, algumas continuam por si, enquanto outras insistem em permanecer
no erro.
A educação pode incentivar ou desestimular
o interesse das pessoas pelo crescimento cultural, financeiro e social,
assim como o poder aquisitivo facilita ou dificulta as realizações, mas
não as impedem.
Porém, o tamanho da ambição de cada pessoa
e em todas as camadas sociais é totalmente distinto. Isso pode ser
facilmente verificado entre garis, juízes de direito, médicos,
advogados, engenheiros, qualquer outro profissional ou entre pessoas sem
cultura.
Em todas as áreas, só obtém sucesso
aqueles que por ele lutam, enquanto aqueles que não buscam acabam
perdendo a oportunidade de alcançá-lo.
Nada virá ao encontro daquele que não se dispôs a explorar o que existe do outro lado.
(*) João Bosco Leal -
jornalista, reg. MTE nº 1019/MS, escritor, articulista político, produtor rural
e palestrante sobre assuntos ligados ao agronegócio e conflitos agrários.
MATÉRIA ENVIADA PELO AUTOR, PARA PUBLICAÇÃO, SOB SUA EXCLUSIVA RESPONSABILIDADE
– VEJA-A NO SEU SITE, CLICANDO NESTE LINK:
Nenhum comentário:
Postar um comentário