segunda-feira, 29 de abril de 2013

Ontem, hoje e amanhã - Por João Bosco Leal


João Bosco Leal <artigos@joaoboscoleal.com.br> por w-c-2.datatop.com.br
para:
nogueirablog@gmail.com
data:
26 de abril de 2013 01:00
assunto:
Ontem, hoje e amanhã
enviado por:
w-c-2.datatop.com.br
:
Importante principalmente por causa das pessoas na conversa.
Imagens recebidas deste remetente são sempre exibidas Não exibir de agora em diante.



Senhor Editor,

eis um novo texto para  publicação.
Obrigado

João Bosco Leal
Ontem, hoje e amanhã.

Tenho pensado e conversado bastante com amigos sobre como já fui, como sou, e como seriam minhas reações em situações análogas às que me ocorrem atualmente.

É bastante interessante desenvolver esse raciocínio, pois através dele podemos perceber o quanto, com a idade, mudamos, alteramos nossos pontos de vista, crescemos, amadurecemos.

Por outro lado, em alguns aspectos nos tornamos mais jovens, ou até mesmo infantis, com menos preocupações, dando menos importância a muita coisa que antes nos eram caras.

Nossas atitudes em relação a filhos e netos são tão distintas do passado, que até os filhos estranham, pois exigimos bem menos e sorrimos bem mais.

Passamos a não ter interesse algum em ser o que não somos para agradar quem quer que seja e, sobre qualquer assunto, não aceitamos mais as fórmulas prontas.

Normalmente corremos mais riscos do que no passado e nos divertimos com isso. Queremos viver intensamente e não simplesmente passar pela vida.

Em algumas ocasiões e ambientes, as bebidas, mesmo para aqueles que sequer bebem, são absorvidas com menos preocupações com o quanto subirá.

As novas experiências sejam elas comerciais, sentimentais, ou sexuais, são exercidas com muito menos cuidados, temores ou pudores. Muitas ideias deixam de parecer insanas e algumas até procuramos concretizar.

Não queremos mais ser iguais ou parecidos com alguém, mas simplesmente viver a nossa vida como achamos que deve ser vivida.

Nos relacionamentos, ainda que pouco duradouros, gostamos de sentimentos mais fortes, intensos. Deixamos o coração bater mais forte e comandar nossas atitudes. Não nos apaixonamos pela metade. Os apetites são mais vorazes, a imaginação bem mais fértil e os prazeres bem mais intensos.

Muitas coisas que antes pensávamos ser importantes, hoje pouco significam. O que os outros pensam a seu respeito é uma delas. Isso passa a ter pouca valia. Atitudes diferentes de cada um muitas vezes levam outros a se comportarem da mesma maneira, o que leva a mudanças sociais.

Reações adversas às que esperávamos de certas pessoas deixam de nos machucar tanto e passam a ser encaradas com maior normalidade, pois entendemos agora, que cada um é o que é e não o que esperávamos que fosse.

O comportamento em relação a milhares de atividades diárias é totalmente diferente do que seria duas ou três décadas atrás, pois não existe mais a preocupação de acertar sempre.

Adequações aos novos tempos, novas realidades, novos conceitos ou preconceitos acabam ocorrendo, algumas até sem que percebamos.

Mesmo os valores morais da sociedade - muito sólidos em minha educação e na de meus filhos -, em alguns aspectos e no decorrer do tempo vão sendo flexibilizados, tanto que as próprias leis do país são alteradas, de modo a dar cobertura a coisas que em décadas atrás seriam impensáveis, como os casamentos homo afetivos.

As pessoas mudam, crescem, melhoram ou pioram, mas jamais serão as mesmas.

João Bosco Leal www.joaoboscoleal.com.br
*Jornalista e empresário.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Os Raros Amigos - Por João Bosco Leal

de:
 João Bosco Leal <artigos@joaoboscoleal.com.br> por  w-c-2.datatop.com.br 
para:
 nogueirablog@gmail.com
data:
 19 de abril de 2013 01:00
assunto:
 Os raros amigos
enviado por:
 w-c-2.datatop.com.br
Imagens recebidas deste remetente são sempre exibidas Não exibir de agora em diante.







João Bosco Leal

 
Os raros amigos

Durante a vida conhecemos milhares de pessoas, bonitas, feias, altas, baixas, gordas ou magras que, de uma forma ou outra, passam a fazer parte de nosso círculo de relacionamentos.

Algumas continuam simplesmente nossas conhecidas, colegas, parceiras em alguma atividade social ou comercial. Outras, falsas, se aproximam por interesses diversos, mas poucas, muito poucas, se tornam nossas amigas.

Entretanto, é fácil perceber pessoas utilizando a palavra “amiga” com muita facilidade, quando, na realidade, são raríssimas as verdadeiras amizades que conseguimos construir durante nossa vida.

Normalmente elas chegam devagar e, muitas vezes sem sequer serem notadas, vão conquistando, construindo esse relacionamento em bases sólidas, transparentes, adquirindo seu espaço nas mentes e corações daqueles que como amigas se aproximaram.

São lindas onde mais importa, por dentro. Valorizam suas qualidades e não os seus defeitos, te apoiam, querem te ver crescer, sorrir, te ver feliz.

Estão sempre por perto mesmo que em determinadas ocasiões sequer sejam percebidas, cuidam-nos com muito amor, mas, quando necessário, apontam nossos erros e acertos.

Apesar da natureza e jeito mais rude de ser e de falar de alguns, é com atitudes ou palavras sinceras, mas com carinho e educação, que sugerem mudanças onde estamos errando mais, nos mostrando que, na hora da verdade, ninguém engana a vida.

Por somente desejarem o nosso bem, suas opiniões e ponderações devem ser sempre consideradas mais importantes do que a de simples colegas ou companheiros. Diferentemente destes, que na maioria das vezes são simples possuidores de algum interesse em estar ao nosso lado, em nossa ausência não nos criticam, mas nos defendem.

Ainda que conhecendo nossos defeitos sempre nos apoiam e mesmo quando distantes, as sentimos próximas. Sabemos a elas poder confidenciar todas as nossas intimidades, angústias, medos, segredos ou projetos e com elas contar, nelas confiar, o que nos aproxima cada vez mais.

Buscam não nos trazer os seus problemas, mas soluções para os nossos. Pensam conosco e sobre nós. Conhecem nossos planos e de algum modo deles participam - mesmo que somente com energias positivas -, para que se tornem realidade.

Ajudam em nossas dificuldades, dão-nos paz em meio ao inesperado, sorriem ou choram conosco, e mesmo quando as decepcionamos, possuem bondade, coragem e habilidade necessárias para buscar recomeços.

Com o tempo, a vida se encarrega de colocar cada pessoa em seu devido lugar e você realmente saberá quem são as colegas, parceiras, interesseiras e as verdadeiras amigas. Normalmente, estas aparecem quando e de onde menos se espera.

São pessoas raras, difíceis de encontrar e que diariamente, com palavras, gestos ou atitudes, estão sempre agradando, conquistando, mesmo que quando necessário, nos digam um “não”.

Se, como eu, você possui um verdadeiro amigo, retribua, participe da vida dele como ele participa da sua. Mostre-lhe, com palavras e ações, como sua amizade é importante em sua vida.

Agradeça simplesmente por existirem, pois são raros os que possuem verdadeiros amigos.

João Bosco Leal         www.joaoboscoleal.com.br
* Jornalista e empresário

domingo, 21 de abril de 2013

A GERAÇÃO CANGURU - Por HUMBERTO PINHO DA SILVA




 





Na maioria são do sexo masculino - a mulher é mais independente, - que constroem a vida baseada no dinheiro. Consideram que a felicidade se alcança com bens materiais: carro, divertimentos, conforto moderno e viagens.

Em regra são urbanos. O jovem rural sai normalmente mais cedo da casa paterna; e, segundo estudo, recentemente realizado em Inglaterra, são muitas vezes, agressivos e contestatários.

O medo de crescerem, de tornarem-se adultos, leva-os a prolongarem os estudos e adiarem o casamento
.
Para esse modo de vida, contribui, e muito, a dificuldade de encontrarem emprego, que lhes permita estabilidade monetária; e principalmente o facto dos pais e a escola terem-nos protegido demasiadamente.

Outrora, quiçá, porque os pais não eram tão liberais, procuravam, logo que possível, formar família. Agora verifica-se o contrário.

Por sua vez, os progenitores, por terem vida activa até mais tarde, facilitam esse pensar.

Alguns, até fomentam, pois a companhia dos filhos garante-lhes velhice mais amparada.

Se há os que auxiliam nas despesas domésticas, outros, apesar de obterem sucesso na profissão, tornam-se verdadeiros parasitas, vivendo despreocupadamente, à sombra dos pais.

É bom lembrar que, a mulher, devido a conceptivos modernos, e perda de pudor, permite, desde jovem, manter relações antes do casamento, o que lhes facilita adiarem o matrimónio para os trinta e quarenta anos, ou não casarem, com medo de assumirem compromissos.

Ainda que seja uma tendência mundial, mormente no Ocidente, a geração canguru, torna-se mais visível em países do Sul da Europa e América Latina.

Os nórdicos, talvez devido à educação recebida, gostam, logo que possam, libertarem-se da dependência materna.




HUMBERTO PINHO DA SILVA   -   Porto, Portugal


publicado por solpaz às 11:14
link do post | comentar | favorito 
Adicionar ao SAPO Tags | Blogar isto
Matéria enviada pelo autor, por e.mail, para ser publicada – Confira-a no Blog Luso-Brasileiro “PAZ”, clicando aqui.
http://solpaz.blogs.sapo.pt/

sábado, 13 de abril de 2013

MAIS UM QUE PARTIU - Por HUMBERTO PINHO DA SILVA











          Ao entardecer do dia cinco de Abril, fui surpreendido, ao abrir o correio electrónico, com mensagem que me deixou confuso. Comunicava, o e-mail, que falecera o pai de amigo de infância.

          Só mais tarde, reflectindo, e atentando nos nomes, de quem me enviara, é que cai em mim, verificando que quem falecera, não era o pai, mas meu querido amigo, e íntimo confidente, dos bons tempos de adolescente.

          Nunca acreditei que amigos de infância pudessem morrer, muito menos aqueles com quem troco assídua correspondência virtual. Por isso a minha confusão.

          O Manel, o “M” à quinta, como ele próprio dizia, porque os nomes iniciavam-se pela letra “M”, foi meu condiscípulo na Escola Académica, e companheiro imprescindível nas investigações às velharias do burgo portuense.

          Com ele fiz incursões pelas velhas ruas tripeiras; entrei em museus; percorri estreitas e pitorescas vielas, carregadas de história e tradições.

          Éramos inseparáveis. Tivemos longas e interessantes conversas. Narramos “ segredos” e curiosidades desconhecidas. Eu falava dos: Rapazotes, Borges Guedes, Pestanas, Gouveias, Magalhães Bastos e de Carlos e Mário Cal Brandão. Ele, de Bento Amorim, da Casa Oliveira, da Vilariça, Pinheiros Torres, Sousa Guedes, Alpendoradas, Campos Belos, e de Condes e Condessas e famílias nobres da velha cidade do Porto.

          A vida militar separou-nos. Durante anos pouco soube dele. Reatei mais tarde a amizade perdida, para nunca mais a perder, graças à Internet.

          Fui um jovem triste e solitário. Meus amigos contavam-se pelos dedos. Além do Manel, todos eram meros conhecidos, e evaporaram-se com o tempo.

          De meninas, havia a Lalita. Hoje viúva. Dizem-me ser muito senhoril e elegante. A Mary, que vive em Granada, e seguiu a carreira de hospedeira de bordo. A Teresa, muito mais nova; não era propriamente amiga, mas quase irmã; e outra, que conheci de menininha, e que se afeiçoou a mim e eu a ela. Casou, e não mais se lembrou deste velho amigo. Essa indiferença, dói; mas doer-me-ia muito mais, se apenas por interesse, aproximasse de mim.

          Mas voltemos ao Manuel e aos culturais passeios que fazíamos. Deles escrevi, numa publicação da Porto Editora, ligeira referência.

          Já que abordo amigos desaparecidos, que terminaram a peregrinação, e com quem trocava correspondência electrónica, devo destacar: Tereza de Mello, minha carinhosa amiga, confrade no Blogue luso-brasileiro “PAZ”, o Fernando Peixoto, que escrevia maravilhosamente, assim como Aluizo da Mata, de Sete Lagoas, e o Prof. Doutor João Alves das Neves, de São Paulo, que igualmente colaborou na “PAZ”; e tantos, que ao longo da minha existência deixaram saudades imensas.

          Para concluir, quero lembrar que foi o falecimento de Manuel Magalhães (Alpendorada), o único, que sendo da mesma idade, e de ideias e gostos semelhantes, cravou no coração profunda mágoa e indescritível desgosto.
          Ia, neste triste recordar, esquecer-me de amoroso rapazinho, que falecera na flor da idade, o Manuel R.F. Conservo sua foto, no Picasa, Contrai-me sempre o coração, quando penso nele.



HUMBERTO PINHO DA SILVA   -   Porto, Portugal





publicado por solpaz às 11:38
link do post | comentar | favorito 
Adicionar ao SAPO Tags | Blogar isto
Matéria enviada pelo autor, por e.mail, para ser publicada – Confira-a no Blog Luso-Brasileiro “PAZ”, clicando aqui.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Química - por João Bosco Leal (*)




Os humanos possuem infinitas variáveis controláveis ou não sobre seus sentimentos afetivos e, durante suas buscas por um parceiro, passam por diferentes fases, mas sempre têm opções ou até mesmo determinadas exigências para essa escolha.

Algumas são praticamente generalizadas, como a de que a parceira deverá ser educada e pertencer a uma determinada classe social, mas as outras são muito pessoais.

Ser alta ou baixa, magra ou gordinha, loira ou morena, gostar de cinema, teatro, dançar ou de comer em restaurantes, apreciar programas noturnos ou ser mais caseira, ser fumante, gostar de bebidas alcoólicas, a maneira de se vestir, sua atração por joias e a ambição financeira serão itens analisados.

Mas, para que o relacionamento seja mantido, outras avaliações normalmente são consideradas, como a atração física, intelectual e a exigência de um grau de escolaridade no mínimo compatível entre os dois.

Uma troca de olhares diferente, mais intensos, será determinante na aproximação inicial entre duas pessoas, mas posteriormente, todas essas questões serão normalmente colocadas e dependendo de cada pessoa, podem possuir maior ou menor importância.

Entretanto, nenhuma dessas condições terá tanta importância quando ocorrerem os primeiros toques, quando em um simples dar as mãos, um leve carinho na face com as costas dos dedos, ou no primeiro beijo - já dado diversas vezes na troca de olhares antes de tocar a boca -, os dois precisam sentir uma determinada e inexplicável “química”.

Se isso ocorrer, mesmo que várias das exigências anteriores não existam, é muito provável que os dois tentarão, mas caso contrário - sequer com todas elas existindo -, certamente nem uma tentativa ocorrerá.

A ambiguidade das sensações - da intensidade quase agressiva de um homem durante a relação sexual, mesclada com a suavidade de seus carinhos posteriores ou da delicadeza natural da mulher, que nessa hora aceita e gosta dessa agressividade -, provocam maravilhosas experiências físicas e muita excitação.

Apesar disso, só o beijo dos lábios que se tocam e sentem desejos, de línguas que penetram e são sugadas pelo companheiro, da troca de salivas que não provocam repulsas - mas aumentam a intimidade -, poderá confirmar ou não se os dois formarão um novo casal.

Independentemente de todas as opções de escolha, como cor do cabelo, da pele, da altura, do peso, idade, educação, cultura, posição econômica ou social que possam ter feito para se aproximar de alguém, serão as variáveis totalmente incontroláveis da “química” dos toques, da pele e do beijo que decidirão sobre o início e a permanência de um relacionamento ou um romance.

Por mais que todas as exigências tenham sido preenchidas, será essa química quem determinará se os dois permanecerão juntos ou não como um casal que - em caso afirmativo – iniciará um romance.

Para se iniciar um relacionamento, milhares de detalhes podem ser exigidos, mas a ocorrência da “química” da pele e do beijo será, sempre, totalmente incontrolável e inexplicável.

(*) João Bosco Leal - jornalista, reg. MTE nº 1019/MS, escritor, articulista político, produtor rural e palestrante sobre assuntos ligados ao agronegócio e conflitos agrários.

MATÉRIA ENVIADA PELO AUTOR, PARA PUBLICAÇÃO, SOB SUA EXCLUSIVA RESPONSABILIDADE.

domingo, 7 de abril de 2013

O outro lado - Por João Bosco Leal


João Bosco Leal*
 

Do nascer ao por do sol, em locais planos, ondulados ou com serras, naturais ou já repletos de construções, durante a vida nossos olhares alcançam milhares de horizontes com inimagináveis possibilidades de diferenças, mas nunca iguais.

Admirando-os, cada um os vê de uma forma, enxerga outro detalhe, outra cor ou sombra. E independentemente do lado para o qual nos dirigimos, a cada passo, o que se vê é alterado, surgem novas imagens e possibilidades.

Assim é a vida, repleta de escolhas que podem e devem ser realizadas a cada momento, cada passo, diariamente. Todos possuem, igualitariamente, a chance de optar para que lado, quando e como seguir seu caminho.

Alguns são mais difíceis que outros, mas geralmente recompensam melhor quem por eles seguiu, como as montanhas, de difícil escalada, mas a vista de quem atinge seu cume jamais será admirada por quem não a subiu.

Alguns horizontes estão tão distantes que muitos sequer tentam alcançá-lo, permanecendo onde estão por julgar ser aquele um bom lugar para se estabelecer e lá interrompem sua caminhada.

Perdem a chance de, alcançando aquele ponto que parecia distante, admirar novas paisagens, oportunidades e aí sim, escolher entre estas ou aquelas, que para trás deixou.

Depois daquele horizonte pode haver campos mais férteis, água em abundância, riquezas diversas ou até algo ainda desconhecido aos outros seres humanos.

Lá poderemos encontrar o que sempre buscamos, motivo pelo qual sempre terão mais chances aqueles não medem esforços em busca de novos horizontes, físicos ou culturais.

Nas oportunidades surgidas, são as decisões pessoais, escolhas dos que possuem mais ou menos coragem, ousadia e disposição para lutas e sacrifícios, que determinarão o sucesso ou o fracasso de cada um, como pode ser facilmente observado nos imigrantes nordestinos.

Muitas vezes estamos cansados das tentativas fracassadas, das quedas, dos caminhos já percorridos e das dores sentidas, mas será a determinação por alcançar o objetivo que nos levará um passo adiante, uma nova caminhada e ao sucesso.

Entretanto, é muito comum vermos pessoas que erraram, caíram ou se perderam e não buscam acertar, se levantar, reencontrar o caminho certo e ao recebem ajuda, pequena, um simples apoio, algumas continuam por si, enquanto outras insistem em permanecer no erro.

A educação pode incentivar ou desestimular o interesse das pessoas pelo crescimento cultural, financeiro e social, assim como o poder aquisitivo facilita ou dificulta as realizações, mas não as impedem.

Porém, o tamanho da ambição de cada pessoa e em todas as camadas sociais é totalmente distinto. Isso pode ser facilmente verificado entre garis, juízes de direito, médicos, advogados, engenheiros, qualquer outro profissional ou entre pessoas sem cultura.

Em todas as áreas, só obtém sucesso aqueles que por ele lutam, enquanto aqueles que não buscam acabam perdendo a oportunidade de alcançá-lo.

Nada virá ao encontro daquele que não se dispôs a explorar o que existe do outro lado.

(*) João Bosco Leal - jornalista, reg. MTE nº 1019/MS, escritor, articulista político, produtor rural e palestrante sobre assuntos ligados ao agronegócio e conflitos agrários.

MATÉRIA ENVIADA PELO AUTOR, PARA PUBLICAÇÃO, SOB SUA EXCLUSIVA RESPONSABILIDADE – VEJA-A NO SEU SITE, CLICANDO NESTE LINK:


quarta-feira, 3 de abril de 2013

Relacionamentos - por João Bosco Leal (*)



29 de março de 2013      
João Bosco Leal
Amizade 01O relacionamento humano é, provavelmente, a experiência mais difícil para todos, pois para que o mesmo se torne maduro, duradouro, quando os dois já seguirão um mesmo caminho, com metas e objetivos comuns, são necessárias insistências, concessões, renúncias e superação de dificuldades.

As pessoas, que um dia se encontraram, vieram de locais com educação, nível social e cultural distintos, o que certamente exige habilidade de ambos para começarem qualquer tipo de relacionamento, como amizades, paqueras, namoros ou casamentos.

Além disso, ambas possuem um passado, que pode ou não ser aceito pelo outro, mas nem por isso deve ser ocultado. Pelo contrário, o conhecimento de seu passado é fundamental para que seu parceiro, amigo ou namorado a conheça em profundidade e goste de você como é, com seu passado, pois foi com seus erros e acertos, quedas e levantes que você se tornou o que é hoje.

Os relacionamentos amorosos começam de diversas maneiras, mas normalmente é a atração física que provoca a primeira aproximação. O conhecimento, a conversa, os primeiros toques e beijos podem provocar uma enorme paixão, mas só isso jamais levará ao amor, que precisará ser construído ao longo do tempo.

A história está repleta de casos de relacionamentos em que as pessoas se conheceram, namoraram durante anos para depois se casarem, mas acabaram se separando, enquanto muitos casamentos – que dão certo e são duradouros -, ocorrem entre pessoas desconhecidas, que tiveram sua união combinada pelos pais ou imaginada por amigos que os apresentaram.

Esse tipo de união faz com que as pessoas comecem o relacionamento contando, um ao outro, fatos de seu passado, que muitas vezes levam a lembranças agradáveis ou dolorosas da vida de cada um, o que, indiretamente, vai provocando amizade, intimidade e cumplicidade entre os dois e isso é que fará surgir o verdadeiro amor.

Pelo simples fato de estarem sendo confessadas, as lembranças dolorosas já percorrem um longo caminho para que sejam esquecidas e as dores por elas provocadas sejam cicatrizadas. Todavia as que deveriam e não foram confessadas, se conhecidas através de terceiros, mostrarão a seu parceiro a feição de uma pessoa desconhecida, que pode ter sido tudo, menos sua cúmplice.

Os relatos de cada um fazem inclusive com que o outro possa entender os motivos de determinadas atitudes do parceiro e sua maior ou menor sensibilidade em relação a determinados assuntos. Com esse conhecimento fica mais fácil evitar situações desagradáveis, como comentários infelizes, o que torna a convivência mais alegre.

Os fatos desagradáveis, tristes e dolorosos do passado também abrem portas para que um possa amparar o outro, fazendo com que se tornem mais amigos. Isto é uma base fundamental para qualquer relação madura e saudável, onde não importa quem mais viveu, distâncias percorreu, erros cometeu, dificuldades superou, escolas cursou ou dinheiro ganhou.

O maior conhecimento entre os dois os fará caminhar na mesma direção, por caminhos que os conduzirá ao mesmo lugar, criar projetos comuns e tentar realizar sonhos e desejos comuns, ou mesmo os do outro e assim o verdadeiro amor será construído, em bases sólidas, sobre pedras e não sobre areia.

Está dentro de cada um o poder de alcançar a própria felicidade, mas nos relacionamentos humanos ela necessariamente passa pela transparência, franqueza e honestidade, pois só o que é verdadeiro permanecerá.

Somente quando seu parceiro aceita seu passado, apoia seu presente e incentiva seu futuro poderá ocorrer um relacionamento duradouro. 


(*) João Bosco Leal - jornalista, reg. MTE nº 1019/MS, escritor, articulista político, produtor rural e palestrante sobre assuntos ligados ao agronegócio e conflitos agrários.


MATÉRIA ENVIADA PELO AUTOR, PARA PUBLICAÇÃO, SOB SUA EXCLUSIVA RESPONSABILIDADE – VEJA-A NO SEU SITE, CLICANDO NESTE LINK:

terça-feira, 2 de abril de 2013

A MISTERIOSA PROCISSÃO, NA IGREJA DE S. FRANCISCO, NO PORTO - Por HUMBERTO PINHO DA SILVA


 









Júlia Rosa da Silva Paulos era conhecida em Santa Marinha (Gaia), pela sua dedicação à Igreja, e fé intransigente.

Ostensivamente apresentava-se no templo, e todos os santos dias, assistia à missa, em épocas, que ser católico, era motivo de mofa e achincalhamento.

Não era jovem. Sofria de reumatismo crónico; mas nem a idade, nem a doença, nem o medo, impediam-na de participar na Eucaristia, mormente na Matriz de Santa Marinha, já que era admiradora das célebres homilias do Dr. António d’Azevedo Maia.

Uma bela ocasião assentou com amigas, participar na missa da Igreja de S. Francisco, no Porto.

Demorou-se, todavia, a rezar as devoções predilectas.

O templo estava a média luz, e após o culto, silencioso e deserto.

D. Júlia, ergueu-se, persignou-se, acenou às companheiras, e saiu, com elas, por porta lateral.

Haviam dado breves passos, em acanhado corredor, quando deparam com estranhíssima procissão, seguida de fiéis, envergando vestes desusadas.

Receosas e para evitarem o aglomerado de fieis, retrocederam, saindo pela porta principal.

Ficou, contudo, a cismar com o que vira, e nos piedosos cânticos que entoavam. Dias depois, dirigiu-se ao sacerdote, interrogando-o pela inusitada procissão.

Ficou atónito o padre, e após se ter inteirado de detalhes, respondeu-lhe, admirado, que nada houvera no dia indicado.

Decorridas semanas, acompanhada de amigas, que presenciaram o inesperado acontecimento, foi visitar o sacerdote.

Então, cada uma, por sua vez, narrou o que vira e ouvira naquela manhã.

O que teria acontecido? Infelizmente não sei explicar. Posso, todavia, asseverar que D. Júlia, e suas amigas, jamais esqueceram as estranhas vozes e a procissão misteriosa.

Dizem-me, que em anos seguintes, por determinação do sacerdote, realizou-se, nesse dia, cerimónia religiosa, na igreja. Penso, que no correr do tempo, caiu em esquecimento.

Júlia Rosa da Silva Paulos, nasceu a 1861, na Fervença (Santa Marinha, Gaia). Casou duas vezes, e foi mãe da pianista Sofia Paulos, que veio a casar com Mário Pinho, editor do jornal “ A Paz”, que tinha redacção na rua Direita, em Gaia
.
O pai, emigrara para o Brasil e nunca voltou. A mãe, possuía modesta mercearia, na rua de General Torres (Gaia), e a quinta da “ Leira Grande de Sá” no Areinho (Oliveira do Douro).

Após a morte, em 1937, correu pela população ribeirinha, que era “santa”, por ter sofrido com resignação e paciência evangélica, a grave e dolorosa enfermidade que a vitimou.



HUMBERTO PINHO DA SILVA   - Porto, Portugal



Matéria enviada pelo autor, por e.mail, para ser publicada – Confira-a no Blog Luso-Brasileiro “PAZ”, clicando aqui.
http://solpaz.blogs.sapo.pt/