João Bosco Leal
Mesmo
que simplesmente por instinto de preservação da espécie, desde a
juventude, todo ser humano está em busca de um grande amor, com quem
possa constituir uma família e envelhecer junto.
Durante essa busca, surgem pessoas
bastante diferentes, oriundas de diversos locais, com graus de educação,
instrução, posições econômica e social totalmente distintas das suas.
Bastante comuns, as mentiras,
deslealdades e traições, quando descobertas, não permitem a
sobrevivência de nenhum relacionamento sadio. Por estes motivos, sempre
fui e serei um apaixonado pela transparência e lealdade em tudo, o que
certamente dificulta as tentativas e, consequentemente, os acertos.
Mas a continuidade das buscas aumenta as
possibilidades dos relacionamentos serem mais duradouros, abrindo a
possibilidade esperada de uma paixão se transformar em amor.
É o que me faz estar sempre buscando, pois a vida, a honestidade, o trabalho e as mulheres, admito, são minhas grandes paixões.
Desde a infância são elas – as mães -,
que nos transmitem os primeiros ensinamentos e o aprendizado, nossos
maiores tesouros, pois aqueles que aprenderam mais sempre terão maiores
chances.
Tenho paixões ideológicas e por alguns
hobbies – como as motos -, mas com as mulheres, mesmo aquelas da
infância e juventude, a intensidade com que costumo viver minhas paixões
é sempre enorme, vibrante, o que me torna um eterno apaixonado,
encantado por elas.
Apesar de algumas experiências piores e
independentemente do tempo que duraram, não me arrependo das paixões que
tive por nenhuma das mulheres que passaram por minha vida.
Com todas pude aprender algo e mesmo que a convivência não tenha continuado, valeu a pena pela experiência que pude adquirir.
Cada uma me mostrou seus erros e acertos
e apontou os meus, de modo que, corrigindo aqueles em que concordava
estar errado, e evitando aproximação de pessoas que possuíam os mesmos
da anterior, pude ao menos tentar melhorar a cada novo relacionamento.
Penso que devemos continuar buscando,
nos apaixonando, mesmo que na maioria das vezes errando, até
encontrarmos o amor que tanto desejamos.
Apesar de hoje eu ser, praticamente, um
sexagenário, confesso que, até agora, só por uma pessoa senti esse amor
verdadeiro, maduro e profundo, tão maravilhoso, sublime, que só quem já o
viveu pode descrever.
Nele não há cobranças, segredos ou
dúvidas, mas transparência, cumplicidade, amizade, carinho e liberdade. A
integração é tanta que não há lugar para a palavra “eu”, mas só para
“nós”. Os planos, ideias, projetos, dúvidas, medos e aflições são
totalmente compartilhados.
Quem já viveu algo assim não aceita mais
uma relação onde isso não ocorra. Procura alguém que queira viver o
mesmo ou algo ainda maior, o que torna a nova busca quase impossível.
É raro encontrar um amor verdadeiro, mas
a procura é deliciosa e mesmo com os erros, sentimos, aprendemos,
vivemos e a recompensa, quando o encontramos, surge em forma de milhares
de emoções fascinantes.
Quem realmente ama, da vida nada quer além de viver esse amor.
(*) João Bosco Leal -
jornalista, reg. MTE nº 1019/MS, escritor, articulista político, produtor rural
e palestrante sobre assuntos ligados ao agronegócio e conflitos agrários.
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