8 de fevereiro de 2013
Os toques
Apesar
da pouca importância que lhes damos, ou que no dia-dia sequer
percebamos sua existência, os órgãos sensoriais visão, audição, paladar,
olfato e tato, são os responsáveis pela integração social de cada
indivíduo do planeta Terra.
Com a visão podemos nos aproximar de
lugares muitas vezes distantes, como a lua e as estrelas, evitamos
tropeçar nos obstáculos por onde caminhamos, admiramos as belezas da
natureza, da pessoa amada e, sem ela, tudo seria mais difícil.
Pela audição, recebida pelo canal
corporal por vibrações, somos educados, tomamos conhecimento das
notícias e satisfazemos nossas curiosidades culturais ao ouvir, durante
toda a vida, respostas aos questionamentos sobre os mais diversos
assuntos e coisas que nos fazem rir, chorar ou ficarmos maravilhados,
como o choro do recém-nascido, o canto de um pássaro, o vento na
folhagem e a água escorrendo da fonte no alto do morro em direção do
mar.
Através dos modernos meios de
comunicação atualmente existentes, quando utilizada juntamente com a
visão é possível nos comunicarmos com pessoas que estão do outro lado do
planeta ou mesmo em outro, como a Lua, vendo-as e ouvindo-as ao mesmo
tempo, eliminando assim qualquer distância que no passado dificultava a
comunicação e a integração entre pessoas, povos e nações.
Com o paladar saboreamos todas as
variações entre o doce, o amargo e o ácido, os prazeres que a
alimentação nos proporciona e milhões de outros como aqueles sentidos
durante um beijo. Pelo olfato é possível perceber todas as variações
existentes de cheiros, como o da terra após a chuva, dos perfumes, de
coisas frescas ou estragadas e o da pessoa amada.
Mas é o tato nosso maior sensor, tanto
que ele é capaz de suprir a maior parte das necessidades das pessoas com
deficiências visuais. Com ele sentimos a rigidez ou flacidez dos
objetos, sua temperatura, textura, ou experimentar prazeres, como os
sentidos quando suavemente tocamos a pele de nosso parceiro.
Milhares de outros prazeres, como
cócegas ou arrepios, são todos provenientes de toque físicos, mas com a
idade aprendemos a importância de tocar as pessoas – principalmente
aquelas que nos são queridas -, de outra maneira, a emocional.
Quando já maduros nos apaixonamos e
amamos de modo diferente daquele de nossa juventude, pois agora estamos
em busca de tranquilidade, companheirismo, cumplicidade e,
principalmente, de amizade. É uma fase quando já aprendemos a
importância de constantemente elevar a autoestima de seu parceiro,
aceitando-o como é, e não tentando moldá-lo à sua imagem imaginária de
pessoa perfeita.
Passamos a perceber a importância de
tocá-la emocionalmente. Pequenas lembranças como a de, sem que ela
espere, comprar no supermercado sua fruta preferida, levar-lhe flores ou
trazer qualquer outro tipo de lembrança quando viaja, são demonstrações
de carinho que fazem a pessoa sentir-se amada.
Esse tipo de atitude certamente tocará
profundamente sua parceira, atingindo-a em seu sentimento mais íntimo,
comumente chamado de alma e naquilo que é mais importante na manutenção e
crescimento de um relacionamento maduro: o sentir-se querida.
Ela pode esquecer o que você disse
ou fez, mas nunca o que a fez sentir. E provocar a elevação da
autoestima da companheira gera retribuições exponenciais.
(*) João Bosco Leal - jornalista, reg. MTE nº 1019/MS, escritor, articulista político, produtor rural e palestrante sobre assuntos ligados ao agronegócio e conflitos agrários.
(*) João Bosco Leal - jornalista, reg. MTE nº 1019/MS, escritor, articulista político, produtor rural e palestrante sobre assuntos ligados ao agronegócio e conflitos agrários.
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