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artigos@joaoboscoleal.com.br
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para:
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nogueirablog@gmail.com
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data:
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23 de agosto de 2013 01:07
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assunto:
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O vulcão da paixão
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enviado por:
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Importante principalmente porque foi
enviada diretamente para você.
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Senhor Editor,
envio um novo texto, O vulcão da paixão, para sua publicação.
Obrigado
João Bosco Leal
O vulcão da paixão
Sem
saber onde, quando ou porque, todos podem sentir um interesse diferente
e repentino em relação a alguém que antes sequer conhecia.
Normalmente
chamado de paixão, esse sentimento é totalmente imprevisível e não
segue nenhum padrão de raça, credo, cor, peso, altura, cor dos olhos,
cabelos ou qualquer outro.
A
quantidade de variáveis possíveis de como podem ser essas paixões são
imensuráveis, mas atualmente, através das chamadas redes sociais, podem
inclusive ser virtuais.
Em
uma simples troca de olhares, duas pessoas podem sentir uma atração que
há séculos vêm sendo descrita em verso e prosa por milhões de poetas e
escritores ou cantada nos mais diversos ritmos e línguas.
Normalmente
têm início em encontros do dia a dia, quando menos se espera e entre
pessoas que nunca haviam se visto. De manhã na padaria, no lanche do
final do dia, no shopping ou na livraria.
A
aproximação e as devidas apresentações ocorrem seguidas de uma primeira
conversa, quando sentem algo estranho: parece que se conhecem há anos,
são íntimos, amigos há décadas.
Começa
então a crescer um sentimento de bem querer, de carinho, uma enorme
vontade de procurar, de realmente saber, conhecer, perguntar e contar
sobre, de modo a trazer para o mais próximo possível da realidade,
aquela sensação de conhecimento anterior.
Em
seguida, aqueles pequenos e delicados toques - como os dos dedos dele
nas mãos dela -, já são suficientes para alterar até a respiração dos
dois e a troca de olhares - que olhares -, são de uma profundidade
incomparável.
Os
primeiros carinhos ocorrem com esses dedos tocando sua pele, ombros e
braços, mas depois de acariciar todo seu rosto, pescoço, orelhas e
cabelos, aquela mão para na lateral de sua face, como que a apoiando.
Totalmente entregue àqueles carinhos, ela relaxa sua cabeça sobre ela,
como que já próxima de atingir seu ápice de relaxamento e prazer.
Mas
quando a mão penetra por entre seus cabelos, apertando sua cabeça e
puxando-a de encontro aos lábios sedentos dele, o desejo torna-se quase
que selvagem e assim é reciprocamente demonstrado. No momento seguinte,
novos e profundos olhares levam a beijos alucinados, desesperados, de
pessoas que parecem querer se engolir, se tornar um só, com uma enorme
troca de sensações e secreções.
Com
a respiração ofegante e sem mais poder ou querer esconder seu desejo,
ela sorri e diz estar constrangida, tímida, como uma menininha de dez ou
doze anos experimentando seu primeiro beijo enquanto ele também se
sente como um jovem de quinze anos e fica feliz ao vê-la sorrindo e
também demonstrando felicidade com o brilho nos olhos.
Já
no local escuro para onde foram, a timidez, a inocência e a inibição
dão lugar aos desejos humanos mais antigos, animais, carnais, que
normalmente só são satisfeitos entre quatro paredes.
As
então agora quatro mãos passam a se movimentar freneticamente,
circundando e apertando aquele pescoço, os seios, as costas, o tórax e
os bíceps musculosos, descendo em busca de outras regiões, e novas
sensações entre eles ainda desconhecidas vão tomando conta daqueles
corpos, gerando arrepios, desejos, volumes e fantasias.
Fisicamente saciado, o vulcão da paixão explode, jorrando suas lavas para todos os lados.
João Bosco Leal* www.joaoboscoleal.com.br
*Jornalista e empresário
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