quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Aos olhos do Amor - Por João Bosco Leal


de:
 João Bosco Leal <artigos@joaoboscoleal.com.br> por  cli12668.p03me.com 
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 12 de julho de 2013 01:04
assunto:
 Aos olhos do amor
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Senhor Editor,

eis um novo texto, Aos olhos do amor, para sua publicação.

Obrigado,

João Bosco Leal


Aos olhos do Amor


Comum entre os seres humanos, as paixões começam a ser sentidas ainda na infância, mas o amor verdadeiro só - e se - se sente em raríssimas ocasiões durante toda a vida.


Surge inesperadamente, vindo não se sabe de onde, é sentido na pele, coração e pulmão, depositado na mente, perpetuado na alma e nem quem o já sentiu consegue explicar.


Almejado por todos, mesmo os que já maduros ainda não o encontraram, continuam buscando, mas muitos viveram ou viverão sem senti-lo e quem o sente não consegue defini-lo com clareza e objetividade.


Sentir o cheiro de mato em pleno centro urbano, ver muito mais cores que as do arco íris e provar mais sabores que todos os já experimentados pelo homem, são sensações comumente relatadas entre os que verdadeiramente amam.


Sem medida de espaço ou tempo, pode ser alegre ou triste, discreto ou escandaloso, fechado ou escancarado, mas sempre provoca sensações de alegria inimagináveis aos que nunca amaram e machuca quando nasce onde não é nutrido, regado e flores não surjam quando menos se espera.


São infinitas as facetas e possibilidades desse amor: pelos pais, filhos e netos, por pessoas do mesmo sexo ou do oposto, pelo próprio corpo, por animais, pela profissão ou pelo dinheiro, mas os que amam não sabem como, quando, onde e porque esse sentimento começou nem possuem qualquer controle sobre por quem ou pelo que o sentirá.


Porém, sem conhecer seu próprio interior, ambições e desejos, ninguém conseguirá amar outra pessoa, pois o autoconhecimento é que lhe dará as informações necessárias sobre suas virtudes e defeitos, que o orientarão sobre o que buscar no outro, para que se completem.


Nas pessoas que se atraem mutuamente, gera autoconfiança e as refresca como a água do rio. Como um vulcão em erupção - que jorra lavas para todos os lados -, os que amam são felizes, transmitem alegria, bondade, carinho, delicadeza e possuem brilho no olhar.


Quando é unilateral, gera medo, insegurança e queima como o fogo das lavas. Como os vulcões adormecidos - que permanecem na escuridão das profundezas da terra -, os não correspondidos são infelizes, transmitem mágoa, solidão, tristeza e perdem o brilho dos olhos.


Em busca desse amor nos deparamos com diversas barreiras, que provocam a desistência de muitos, mas quem ama possui forças desconhecidas, saídas de suas entranhas, que lhe permite caminhar com bastante facilidade, contra a inveja e o egoísmo de quem nunca amou ou não quer ver a felicidade do outro.


Daí a ansiedade e insistência daqueles que já sentiram o amor - e por algum motivo o perderam -, em recuperá-lo ou encontrar outro que reacenda aquela chama em seu coração e lhes devolva a alegria de viver, pois com seu amadurecimento e o reconhecimento dos erros cometidos, certamente o sentirá de modo ainda mais intenso.


Quem ama sente, fala e escreve com a alma, o coração, sem nenhum controle mental, e por isso expressa o que muitos, que não amam, não conseguem sentir, entender ou enxergar.


Só quem ama vê o invisível e entende o ininteligível, coisas impossíveis aos olhos e mentes dos que não amam.

João Bosco Leal*     www.joaoboscoleal.com.br 


*Jornalista e empresário

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