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responder a:
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artigos@joaoboscoleal.com.br
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para:
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nogueirablog@gmail.com
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data:
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19 de julho de 2013 01:05
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assunto:
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Correndo riscos
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enviado por:
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cli12668.p03me.com
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Senhor Editor,
envio um novo texto, Correndo riscos, para sua publicação.
Obrigado,
João Bosco Leal
Correndo riscos.
Atualmente
é muito comum vermos pessoas já de meia idade que frequentam diversos
locais como bares, restaurantes, shows ou boates e a cada dia ou semana,
com uma companhia distinta.
Observando
mais essas pessoas, notaremos que normalmente são solteiros,
divorciados ou viúvos, vivendo só, longe dos filhos e netos, que depois
de já haverem trabalhado bastante e financeiramente cuidado
razoavelmente do futuro dos mesmos, pensam que chegou a hora de se
preocupar em, agora, viver mais a própria vida.
Como
ninguém sabe quanto viverá e cronologicamente ser certo que já
ultrapassaram a primeira metade de sua vida, querem, na metade final,
aproveitar mais enquanto isso ainda é possível.
Além
disso, as pessoas normalmente não pretendem envelhecer sem uma
companhia com quem possam conversar, lembrar-se das experiências vividas
e terem cuidados mútuos.
Quem
já está nessa fase da vida já deve ter tido diversas paixões, mas
provavelmente um único, maduro e verdadeiro amor; e quem teve a
felicidade de vivê-lo, sabe dos motivos pelos quais sempre continuará
buscando reviver algo igual ou ao menos semelhante.
Assim,
penso que o fato delas saírem e conhecerem outras - e com algumas delas
ter ou não pequenos affaires ou mesmo paixões repentinas e pouco
duradouras -, em nada contradiz com sua busca por uma companhia
definitiva, com quem queira viver até o final de seus dias.
Nessa
busca poderão surgir pessoas fisicamente lindas, mas ao conhecê-las
perceberão que apesar de cultas, são pouco inteligentes, outras, não tão
belas ou cultas, são inteligentíssimas. Algumas reúnem cultura,
inteligência e até beleza física, mas pouca educação. Pessoas levam
vidas saudáveis ou não, bebem, fumam, usam ou usaram drogas, enfim,
milhares de diferenças serão encontradas entre os seres humanos.
Entretanto,
independentemente de possuírem beleza física, cultura e inteligência
elevadíssima, raras são as que reúnem berço, caráter, educação,
dignidade e não possuem vícios. Essas são as que fazem o outro se
apaixonar.
Claro
que nessa busca corremos riscos, mas isso é inerente a tudo na vida e,
apesar de calculados, sem correr riscos a vida não teria graça. Podemos
inclusive fazer brincadeiras sobre eles, mas são reais e, querendo ou
não, todos nós os corremos.
Um
deles é o de se encontrar pessoas que nunca viveram um grande amor e,
consciente ou inconscientemente, com o leva e trás de notícias maldosas
ou até caluniosas, atrapalham ou até eliminam a possibilidade da união
ou reaproximação de outro casal.
São
pessoas tristes, frustradas que por não haverem conseguido ser felizes
não suportam ver a felicidade alheia e tudo fazem para impedi-la. Fingem
ser amigas, confidentes, e ao invés de ajudarem na reconciliação de um
casal, aproveitam de confidências que poderiam ser utilizadas nessa
reconciliação para, distorcendo-as, provocar um afastamento ainda maior.
Outro
risco - o de provocar ciúmes - pode afastar definitivamente quem
realmente desejaríamos ter ao nosso lado, mas quem recusa o amor de
alguém também corre o risco de - passado um tempo, caso mude de ideia -,
perde-la para sempre, pois mesmo não buscando, durante esse período a
mesma pode encontrar outra pessoa.
Apesar
das possibilidades de erros, ninguém pode deixar de buscar, pois
correndo riscos vivemos experiências, algumas dolorosas, outras felizes,
mas só arriscando teremos a chance de acertar.
João Bosco Leal www.joaoboscoleal.com.br
* Jornalista e empresário
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