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Brasil Dignidade
Discordo em essência daqueles que se dizem felizes pela pseudofaxina ética do Executivo, tal qual das afirmações de ser irrelevante a forma pela qual Ministros são indicados aos cargos. “Ao povo, não importa o apadrinhamento do novo titular do Ministério do Turismo, mas sim a sua capacidade e a sua honestidade na gerência do cargo que vai ocupar” (frase extraída de uma coluna de opiniões). – Isto é aposto à cidadania, tal que se fosse faxina não o seria seletiva, versaria a tudo aquilo que está sujo e que o antigo inquilino em sua iniquidade deixou. A quem tem consciência TUDO importa, pois é uma afronta coligar apadrinhamento à competência que somente se dá pela qualificação profissional, expressão técnica, acadêmica além de probidade do indivíduo escolhido. Isto é o mínimo desejável.
Não é nem mais aceitável a indicação política para Ministros das mais altas Cortes de Justiça, tais cargos deveriam ser ocupados por Juízes de carreira, com “J de Justiça maiúscula”, e para tanto já concursados e eleitos por seus pares. Hoje sequer temos Ministros que foram juízes e, portanto aprovados em concursos públicos; aliás, alguns foram reprovados mais de uma vez em suas vãs tentativas, e estão lá a dar pareceres ou a reter processos em benefício de quem os indicou. Isto não Justiça, é fruto da injustiça qualificada pelo apadrinhamento e pelo nepotismo. Vide caso do clã Sarney no STJ e que até garantiu censura ao jornal O Estado de S. Paulo; os expurgos nas cadernetas de poupanças nas mãos de Toffoli no STF; ali também estão os aposentados e o fator previdenciário. Portanto, o apadrinhamento é indefensável e se fosse capaz de algum resultado o estado do Maranhão não seria o mais miserável do país, teria deixado a muito de ser uma reles capitania hereditária. O apadrinhamento, tal qual o nepotismo, largamente difundido no Congresso, e em boa medida na cultura dos brasileiros, não faz parte do manual da competência e da meritocracia; mas sim do conchavo da politicalha, e isto sem exceção tal qual o episódio dessa indicação ao Ministério objeto do tema que sequer deveria existir.
Demostrou mais uma vez a nós, - “a parcela da nação consciente”, que temos uma pseudopresidente; pois quem mandou um dos seus assumir no feudo “Turismo”, foi o seu dono - José Sarney e com total e confesso beneplácito de Rousseff. Pior ainda é alguém acreditar que haja faxina, ou qualquer sentido de limpeza ética. Nada mudou apenas a técnica diversionista de mostrar ao público outra forma do populismo atuar. Desceram do palanque, afastaram-se do linguajar de botequim para adotar tom sóbrio e buscar o elo perdido na população mais culta que não foi adesista ao caudilho da gestão anterior e que lamentavelmente se encanta ao canto da sereia, “vislumbrando e vibrando pela faxina de peixes pequenos quando tubarões ainda mandam e desmandam no país, tal qual era antes”. Mais do que nunca, e com o fisiologismo dirigindo o país, e de forma escancarada, pode-se utilizar a histórica expressão: “O poder está atrás do trono”, e nada é aquilo que se vê.
Oswaldo Colombo Filho
O Estado de S.Paulo 20/09/2011
Diário da Manhã - Goiás 20/09/2011
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