de:
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responder a:
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artigos@joaoboscoleal.com.br
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para:
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nogueirablog@gmail.com
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data:
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6 de junho de 2013 19:33
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assunto:
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Interpretações
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enviado por:
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cli12668.bounceret.com
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:
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Importante principalmente porque foi
enviada diretamente para você.
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Imagens recebidas deste remetente são
sempre exibidas Não
exibir de agora em diante.
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Senhor Editor,
eis um novo texto, Interpretações, para publicação.
Obrigado,
João Bosco Leal
Interpretações
Trabalhando
há anos com política classista, vinha me especializando em direito de
propriedade e, sobre esse tema, escrevia alguns raros textos. Em
determinada ocasião montei um blog na internet onde postei, durante um
mês, o diário e as fotos dos locais por onde passava durante uma viagem
de moto que fiz, por quatro países, com quem à época era minha esposa.
Eram
minhas únicas experiências como "escritor", mas ao sofrer um acidente
moto ciclístico e ficar acamado, imobilizado durante dois anos, comecei a
observar tudo e todos à minha volta.
A
ausência de pessoas que considerava amigas e a presença constante de
outras que não imaginava ser, o noticiário do que estava ocorrendo no
mundo, a leitura de novos livros e o tempo totalmente ocioso, faziam
minha mente pensar sobre muitas coisas que antes não pensava e pouco a
pouco fui colocando no papel o que sentia sobre minhas observações,
pensamentos e sentimentos.
Entretanto,
sempre tive consciência de não possuir preparo literário suficiente
para - que seja razoavelmente -, escrever de forma a ser considerado um
escritor. Escrevo simplesmente porque gosto e penso que algum dia algum
de meus descendentes pode ter a curiosidade de saber o que seu
antepassado pensava sobre determinado assunto, ou como eram os costumes
da época.
Atualmente,
através dos comentários postados no próprio blog onde os publico, nos
jornais, revistas, sites, blogs e outras redes sociais onde os mesmos
são republicados, ou mesmo quando me dizem pessoalmente como o
entenderam, tenho até me divertido ao perceber como cada pessoa
interpreta um texto de modo diferente.
Imaginam
que escrevi isso por aquilo e ouvindo várias delas separadamente, fica
claro que cada uma imagina que escrevi aquele texto por uma ocorrência
específica ou para determinada pessoa. As interpretações dos motivos
pelos quais ou para quem escrevi uma frase, um parágrafo ou um texto,
são de uma diversidade inimaginável.
Quando
escrevi algo direcionado a alguém - como já ocorreu em algumas
oportunidades -, certamente o texto não se tornou público, ou a pessoa
para quem foi escrito foi antecipadamente informada da "homenagem" que
seria publicada, mas não foi o que ocorreu em relação a alguns textos
sobre os quais ouvi esse tipo de interpretação.
A
partir de ocorrências como essas podemos imaginar os motivos pelos
quais, durante séculos, não se chega a um acordo sobre nenhum parágrafo
bíblico. Cada um interpreta de uma forma e uma das consequências disso
foi e continua sendo a criação de uma infinidade de igrejas pelo mundo
que seguem a mesma Bíblia com interpretações diferentes, inclusive entre
os membros de uma mesma igreja, o que normalmente provoca a criação de
outra e assim por diante.
Isso
torna a escrita uma das mais fascinantes capacidades do ser humano, uma
vez que transcende o tempo, documenta a história e as descobertas em
todos os aspectos, cria fatos, imaginações, lendas, estórias e, claro,
gera cultura.
Há um brocardo latino que define isso com precisão: "Verba volant, scripta manent" ou "Palavras voam, a escrita permanece".
Após
ter "parido" um texto, praticamente já nem me lembro dele, passando a
observar novas coisas, pessoas, comportamentos e situações, que possam
gerar a criação de outro e ao escrever sobre essas minhas
interpretações, não penso em como o texto será interpretado por quem o
ler.
A interpretação um texto cabe ao leitor, que a fará de acordo com sua educação, nível cultural e suas próprias experiências.
João Bosco Leal www.joaoboscoleal.com.br
* Jornalista e empresário
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