De tudo o que fiz,
sem saber ou sabendo,
minha vida foi sendo
uma vida igual às outras.
Igual nos momentos bons
ou ruins.
No excesso e na falta de carinho.
Nas previsões de fim de mundo.
Nas preces sem muita emoção.
Nos olhares que incluiam beijos.
Nas poucas semanas do viver.
Meu viver foi assim meio
sem eira nem beira.
Mas existiu como existe um Sol.
E notivou todas as noites,
como se a Lua se vestisse de preto.
E amargou esperanças de jiló.
E abriu os braços, como quem
se encanta com o galã.
De tudo que fiz, agora digo,
de nada me arrependo.
Só não me encanta mais viver.
Aprendi que a ilusão é cruel.
E não tem poesia pra ela acalmar.
Não tem não.
Não tem.
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