segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

As paixões e o amor

19 de dezembro de 2011

Por João Bosco Leal

Sem me recordar exatamente onde, li uma frase onde John Lennon dizia que ninguém será capaz de se apaixonar ou de ser feliz, antes de se tornar apaixonado por si mesmo.


Além de compor músicas com mensagens maravilhosas como “Imagine”, na frase John Lennon resume o que normalmente levamos décadas para perceber: só quando gostarmos de nós mesmos é que seremos capazes de verdadeiramente nos apaixonar por outra pessoa.


Interessante é que o autor se refere à paixão, mas não ao amor, o que é muito diferente e quando disse isso talvez pretendesse falar exclusivamente de paixões ou – como nos deixou muito jovem -, nem ele próprio já possuísse maturidade suficiente para amar verdadeiramente.


Atualmente os jovens ficam, namoram, noivam e se casam exatamente como seus pais fizeram, com a diferença de que em seu tempo, eles não “ficavam” e tinham muito menos liberdades sexuais.


Tudo isso normalmente ocorre durante uma fase em que as pessoas ainda não conhecem a si próprias, mas pensam já haver encontrado o amor de sua vida, aquela com quem gostariam de constituir uma família, ter filhos, netos e envelhecer junto.


Sentimentos de atração, desejo e excitação por outras pessoas ocorrerem centenas de vezes durante a vida e podem virar paixões, mas não são suficientes para se transformar em amor.


Estamos apaixonados quando nos tornamos incapazes de tirar aquela pessoa de nossas mentes e a todo instante queremos estar ou falar com ela, tocar sua pele, pegar em suas mãos e sentir seus lábios nos nossos.


No meio de um estudo na biblioteca ou durante algo que nos prenda a atenção, mesmo sem naquele momento querer ou poder, perdemos completamente a concentração para nos lembrarmos dela, com quem sonhamos e sentimos prazeres, ainda que estejamos muito distantes.


Independentemente da idade, as paixões mexem conosco, nos deixam alegres, esperançosos e cheios de desejos, físicos e mentais, fazendo com que voltemos a sentir as mesmas tensões e ansiedades amorosas da juventude.


Penso que já estamos preparados para um verdadeiro amor quando, com o amadurecimento e as paixões já vividas, vamos conseguindo distinguir sutis diferenças entre estas.


Detalhes antes imaginados muito importantes, como o físico, vão gradativamente perdendo a importância na avaliação de seus sentimentos enquanto outros, como os princípios éticos, morais, circulo de amizades, nível educacional e cultural vão sendo mais valorizados.


O companheirismo, a amizade e objetivos passam a ser considerados muito mais valiosos do que os quilos da balança ou a quantidade de rugas e cicatrizes.


Esse é o momento em que a próxima paixão, adicionada desses ingredientes, se transforma em algo bem mais sublime e diferente das anteriores, o amor.


Esse é o verdadeiro amor, maduro, calmo, sem cobranças, buscado por todos, alcançado por poucos e livre a ponto de se sustentar com todas as portas e janelas abertas.


O amor maduro é o que só consegue enxergar belas histórias de vida nas rugas do companheiro e que provoca a vontade de roubar uma flor de um jardim, somente para ver o sorriso da amada ao recebê-la.


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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Rápidas lembranças

12 de dezembro de 2011

Po João Bosco Leal

Entrei no elevador vazio, apertei a tecla oito e comecei a pensar na vida. Repentinamente teve inicio um filme, com duração provável de segundos, mas parecendo durar décadas, pois foi o que mostrou. Desde a infância feliz, com a vida bastante regrada, cheia de horários, obrigações, mas muitas diversões, até os dias atuais, já com vários e queridos netos.


Na época do grupo, depois chamado de primário e atualmente educação fundamental, todos meus irmãos corriam para se arrumar e tomar o café antes de irmos caminhando para a escola, próxima da casa. Nos intervalos das aulas ou no caminho de volta após seu término, era comum pararmos para, com nossas raras moedas, comprarmos um sorvete de gelo, conhecido como raspadinha, que nada mais era do que uma barra de gelo raspada com uma plaina de carpinteiro e o resultado – um farelo de gelo -, colocado em um copinho e coberto por líquidos com os mais diversos sabores artificiais.


O material escolar era organizadamente guardado logo que chegávamos em casa e após um rápido banho almoçávamos. Depois de um curto período de descanso já vinha o horário de estudos, quando fazíamos as tarefas de casa determinadas pelos professores. Mais um curto período de descanso e já nos dirigíamos, a pé, para outras atividades escolares ou de esportes que, de acordo com a idade e o sexo da criança, variavam entre as aulas de inglês, balé, violão, piano, judô e natação.


Só após novas aulas e a prática de algum esporte é que tínhamos nosso período livre para brincadeiras com os amigos e amigas, mas aqueles que por qualquer motivo estavam indo mal na escola, eram proibidos de brincar e enquanto os outros brincavam, eles frequentavam as aulas particulares de reforço escolar. Ir para o clube só era permitido depois das lições de casa concluídas e se aquele não fosse dia de outras aulas ou de alguma atividade esportiva.


As brincadeiras eram de bolinhas de gude, pega-pega, esconde-esconde, pular amarelinha, e quando já um pouco maiores, vinham os carrinhos re rolimã. Logo vieram os tradicionais bailes de debutantes, quando as famílias apresentavam para a sociedade local suas filhas que estavam completando quinze anos de idade. Virávamos escoteiros, bandeirantes ou lobinhos, quando nos ensinavam a vida em sociedade e atitudes básicas de sobrevivência em situações adversas. Desfilávamos nas fanfarras dos colégios e alguns davam início aí ao aprendizado para tocar um instrumento musical.


Nos fins de semana corríamos para sermos os primeiros a entrar nos cinemas, para assim podermos guardar lugares para os amigos, amigas ou paqueras. Em casa ligávamos a vitrola e treinávamos a dança dois pra lá e dois pra cá, o twist e o rock’n roll, para depois dançarmos nas brincadeiras dançantes dos clubes. Os pontos de encontro dos jovens nos fins de semana eram em alguma lanchonete, panificadora ou sorveteria, que as meninas frequentavam com os vestidos mais curtinhos e meias arrastão. Quando alguém conseguia, dali acompanhava uma delas até a porta de sua casa onde ficava conversando na calçada, até no máximo às dez horas da noite, quando sua mãe a mandava entrar.


As músicas da época eram lindíssimas e ainda são as que mais fazem sucesso. Os primeiros veículos que dirigíamos eram logo levados a uma rua que possuía uma queda repentina de altitude e quando por lá se passava um pouco mais aceleradamente, o carro literalmente voava, caindo mais adiante com seus passageiros sentindo um enorme frio na barriga. Muito magro e alto, usava cabelos longos e calças justas com boca de sino, o máximo para a época.


Vieram as dificuldades de todos na escolha das profissões futuras, as faculdades – onde as aulas eram assistidas de paletó e gravata -, os melhores e os piores cursos e aproveitamentos, as formaturas e as buscas por empregos ou algum tipo de remuneração profissional. Alguns fizeram melhores escolhas e começam a ser recompensados por isso. Outros não escolheram tão bem ou não se esforçaram nos aprendizados e logo percebem que pagarão caro por isso.


Começaram a ser traçados os futuros de sucesso e de fracasso, principalmente financeiros, mas independentemente das posições alcançadas ou não, hoje com poucos e já brancos cabelos, com muitas rugas e cicatrizes, estou mais livre, leve, solto para perceber que o dinheiro não pode ser nossa única busca e não é o responsável pela felicidade de muitas pessoas, mas só a maturidade me mostrou isso.


O elevador parou, a porta se abriu, o sonho acabou e a realidade voltou.


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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O adolescente e a demagogia nacional



Por Alamar Régis Carvalho

www.alamarregis.com

alamarregis@redevisao.net




Conforme sabemos, também, o nosso país é mestre em dar proteção para bandidos. Agora mesmo, mais uma vez, a imprensa acaba de anunciar que o Fernandinho Beiramar continua gerenciando o seu império de dentro da cadeia, deixou claro que a cadeia não vai lhe corrigir em nada, debocha na cara das autoridades, das leis e da JU$TI$$A, continua movimentando fábulas de dinheiro, continua mandando matar quem ele quer matar... e tudo fica do mesmo jeito.


A comissão de "direitos" humanos continua mais forte do que nunca, na sua atividade de defender SOMENTE bandidos, sempre bandidos, porque nunca está presente em nenhum outro momento onde é caracterizado o desrespeito a um humano que não seja marginal.


Aconteceu em um shopping center, em São Paulo


Esta semana a imprensa noticiou mais uma pérola das autoridades brasileiras, que estabelecem um maior rigor, em relação às palmadas que possam ser dadas nas bundas de "crianças", estabelecendo que não serão toleradas NENHUM TIPO DE PALMADA, em hipótese alguma, e deixando muito claro uma ameaça direta aos pais, aos policiais e a todo aquele que infringir esta determinação orientada pelos "lúcidos" pedagogos brasileiros: Irão para a cadeia!


Eles, os pais, irão, os delinqüentes não.


Pois bem.


No dia seguinte ao anúncio mostrado pela televisão, em um shopping center de São Paulo, dois moleques, na faixa etária entre 15 e 16 anos de idade, mais ou menos, abordam uma moça que trafegava acompanhada dos seus pais: Um mete a mão na sua genitália e o outro apalpa os seus seios.


A menina deu um grito, que chamou a atenção de um segurança que veio rapidamente.


O seu pai, no instinto natural paterno, levantou o braço para dar um sopapo num dos agressores, quando os dois moleques, numa só voz, disseram:


- "Nós somos de menor e o senhor não pode fazer nada! Olhe as câmeras ali (e apontaram para as câmeras do shopping) Perdeu, perdeu. Fique na sua, caladinho, pianinho e a filhinha gostosinha é pra gente meter a mão mesmo. Caladooooooo!!!".


E os moleques começaram a cheirar os dedos, em absoluto deboche.


O homem partiu para cima pra baixar a porrada, quando foi seguro pela esposa e pelo segurança.


A sua esposa lhe disse:


- "Acalme-se. Você não é louco de bater num menino desse, senão quem vai para a cadeia é você. Temos que conviver com isto, esta é a realidade do nosso país. Acalme-se".


O segurança disse:


- "A sua esposa tem razão, não pode fazer nada mesmo".


E assim está o Brasil. Ninguém pode fazer nada mesmo.


Outro dia, na rua Santa Ifigênia, também em São Paulo, um menor passou a mão na bunda de um policial, na frente de todo mundo, e ele não pode fazer nada. Teve que rir, junto com o seu colega de farda, para dar impressão aos outros que estava levando aquilo na esportiva, quando na realidade, coitado, teve que engolir aquela realidade.


O jovem sabe que está totalmente protegido em nosso país, pelo menos em relação a isto, e não tem a menor preocupação. Pode ficar a vontade e fazer o que quiser e bem entender.


Traficantes, sabendo disto, pegam os menores para conduzirem as drogas porque sabem que, se for pegos, no dia seguinte estarão novamente nas ruas, fazendo a mesma coisa. Nada pode acontecer com o "menor", nada mesmo, conforme a legislação reforçada esta semana. Eles podem matar a vontade, sem a menor preocupação.


Onde é que vai parar isto?


A burrice brasileira


Se a legislação fosse mais profunda, mais específica, citando caso a caso, dando um trato diferente às crianças que, de fato, são AGREDIDAS dentro do lar, por pais viciados e violentos, que de fato existem, aí seria outra coisa. Mas já que vivemos num país do resumismo irresponsável, tipo: "seja breve na sua explanação", "os seus textos são muito longos", "faça o relato em apenas 20 linhas", "que o palestrante seja breve nas suas respostas, para que possamos responder ao maior número de perguntas"... é nisto que dá.


Estabelecer lei ÚNICA de proteção ao menor, como se todos os menores, de 1 a 17 anos, tivessem o mesmo tipo de percepção, mesmo nível de conhecimento e mesmo desenvolvimento mental é de uma burrice sem tamanho.


Tratar de um marmanjo de 17 anos, como se ele fosse um menininho de 3 anos de idade que, sem noção do perigo, enfia o dedinho numa tomada elétrica, é insanidade e despreparo dos que se acham pedagogos.


Que pedagogia é essa?


Quando se concebe que um menor, criança, cuja idade não permite saber ainda somar e subtrair, deve ter um tipo de tratamento, tudo bem, mas conceber que um outro menor, que não é criança, que já está preparado para cálculos bem maiores, em idade que permite até estar concluindo o segundo grau, podendo fazer até cálculos trigonométricos, resolver problemas no campo da Física e entender os efeitos das formas químicas, ser considerado como alienado, que não sabe o que está fazendo e que não pode ser responsabilizado pelos seus atos, é também o supra sumo da burrice.


A ironia disto tudo é que, no mesmo país onde reina esse festival de hipocrisia, o mesmo menor, de 16 anos, que não é lúcido para assumir seus crimes, é considerado lúcido para votar, que representa um ato de elevada responsabilidade, que é a escolha dos seus governantes, inclusive Presidente da República e Congresso Nacional, que podem levar um país a uma guerra.


Vejam bem quanta burrice:


Se um jovem está com 17 anos, 11 meses e 29 dias vir a cometer um crime, hoje, ele não será punido porque é menor e não tem capacidade para assumir seus atos. Mas se, amanhã, daqui há apenas um dia, quando ele faz 18, cometer o mesmo crime, aí poderá ser responsabilizado, sim.


Isto quer dizer que no espaço de apenas um dia a sua cabeça já mudou totalmente, como uma varinha de condão que fizesse "plin" e ele passasse a ser responsável de uma hora para outra.


Para ser inteligente, a lei poderia estabelecer, pelo menos, níveis crescentes de responsabilidades.


Até os 9 anos de idade, a criança não poderia ter responsabilidade nenhuma, mas a partir dos 9, haveria uma progressão até os 18 anos, mais ou menos assim:


Aos 9 anos - 10% de consciência e responsabilidade.

Aos 10 anos - 20% de consciência e responsabilidade.

Aos 11 anos - 30% de consciência e responsabilidade.

Aos 12 anos - 40% de consciência e responsabilidade.

Aos 13 anos - 50% de consciência e responsabilidade.

Aos 14 anos - 60% de consciência e responsabilidade.

Aos 15 anos - 70% de consciência e responsabilidade.

Aos 16 anos - 80% de consciência e responsabilidade.

Aos 17 anos - 90% de consciência e responsabilidade.

Aos 18 anos - 100% de consciência e responsabilidade total.


Os castigos e as penas seriam aplicadas dentro de uma progressão de rigor conforme este demonstrativo.


O que não pode é ficar como está, sem punição nenhuma, porque é um absurdo.


A palmada e a barbárie


Dentro do que coloquei no início do artigo, a hipocrisia de algumas pessoas é algo que chega até a dar nojo, posto o nível de apelação promovida pelas máscaras sociais.


Sempre que alguém aborda um tema deste, aparecem aqueles, com aqueles papos de bonzinhos de araque:


- "Você está querendo que voltemos à barbárie?"


- "Você está defendendo a idéia de que os pais voltem a espancar os seus filhos?"


- "Você tem idéia do que significa um pai bater com um pau na cabeça do seu filho? Tem idéia das seqüelas que podem deixar?"


- "Você não conhece as estatísticas dos traumas que muitas pessoas trazem, por ter passado toda a infância sofrendo surras horrendas?"


Numa hora desta, sinceramente, pra onde é que dá vontade de mandar uma pessoa que reage assim?


No mínimo temos que reagir a altura e perguntar:


- "Ô idiota, quem é que está falando em barbárie aqui? quem está falando em espancamento e em bater com pau na cabeça de criança? Só mesmo um imbecil, sem a mínima noção de cálculo, para dimensionar uma palmada na bunda com uma paulada com uma tranca de porta na cabeça de alguém."


Mas, já que numa hora desta o radical e demagogo não deixa por menos, vai começar a contra argumentar:


- "Mas tudo começa com a palmadinha, depois vai aumentando e daqui ha pouco os pais estão tirando sangue dos filhos, como muito acontece".


De fato acontece, só que nesses casos, APENAS NESSES CASOS, quem deve entrar na porrada são os pais violentos, porque ninguém pode vincular educação a violência. Os limites devem ser estabelecidos e respeitados sempre, mas cada caso deve ser tratado com o seu peso.


Achar que todo pai que dá uma palmadinha na bunda de um filho necessariamente é um bárbaro, um covarde e um agressor é de uma burrice sem tamanho.


Deus fez bunda daquele jeito, pra quê?


Sentar em privadas, tomar benzetacil e pegar umas boas palmadas, quando se fazem necessárias.


Por acaso, alguém se traumatiza e fica morrendo de ódio do médico que prescreve a benzetacil e da enfermeira que a aplica, só porque dói?


Dói muito mais que uma palmada em qualquer bunda.


As pessoas precisam para com essa palhaçada... a praga da bondade de araque... em achar que toda coisa que dói necessariamente é maléfica para nós.


Tenho certeza absoluta de que a maioria dos meus milhares de leitores, 80% constituído por pessoas acima dos 35 anos de idade, já pegaram palmadas dos seus pais, nas bundas, já foram colocados de castigo e não são revoltados com eles, por causa disto. Eu mesmo, que não peguei apenas palmadas, mas apanhei até de penico, conforme já disse em palestras, nunca fui revoltado, nunca fiquei bêbado porque nunca foi adepto de bebidas alcoólicas, nunca cheirei porcaria nenhuma, nunca mandei meus pais tomar em lugar nenhum, não fiquei com mente atrofiada, pois pude aprender matemática, física e um monte de coisas... Uai, por que qualquer coisinha hoje traumatiza?


O que é preciso é que este país pare com muitas frescuras e dê um fim em certas palhaçadas, que subestimam as inteligências dos cidadãos de bem.


A Psicologia é uma das mais belas ciências que existe, eu, particularmente sou apaixonado por ela e adoro estudá-la, todavia, recomendo a muitos pais para terem muito cuidado na hora de escolher um Psicólogo, para orientar sobre o comportamento em relação ao seu filho. Muitos são despreparados, agem como políticos, fazendo jogo de cena para serem "agradáveis" e bem "bonzinhos" aos pais e aos filhos, a fim de segurar, COMERCIALMENTE, o paciente, ou melhor, o cliente.


O grande e competente Psicólogo, ao contrário, não entra nesse jogo e quando tem que dizer para os pais: "vocês estão fazendo merda, em relação ao filho" ele diz mesmo, sem a menor preocupação se vão se sentir ofendidos ou não. Quando tem que dizer para o adolescente: "Você tem que mudar, você está fazendo muita merda, você está sendo burro, agredindo a você mesmo, e precisamos trabalhar isto, para você não se dar mal", ele diz mesmo, porque se garante profissionalmente e tem certeza de que, se aquele paciente não continuar o trabalho, tem centenas de outros que não querem se deixar enganar.


A política brasileira não age como o Psicólogo responsável e coerente, porque, por ser política, tem que agir dentro do "politicamente correto", pela estratégia do ter que ser boazinha, agradável e simpática aos olhos da ignorância e da estupidez popular.


Até quando vai isto?


Qual o futuro de um país que age assim?


Fica aí para análise.


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