quarta-feira, 26 de setembro de 2012

ONDE SE FALA DO ACORDO ORTOGRÁFICO E DO PRESTÍGIO DA LÍNGUA PORTUGUESA - Por HUMBERTO PINHO DA SILVA










Certa ocasião, referindo-me ao Acordo Ortográfico, que tanta polémica tem levantado em Portugal, Angola e Brasil, afirmei: “mais importante que a grafia, é haver palavras diferentes para identificar o mesmo objecto “

Não me referia a termos enraizados no Brasil. Seria absurdo substitui-los por palavras genuinamente portuguesas, mas neologismos.

É inadmissível que ainda se baptizem objectos, doenças e utensílios, com nomes diferentes em países de língua portuguesa. Por exemplo: TGV por trem-bala, celular por telemóvel.

Os neologismos, a meu ver, só deviam entrar no vocabulário corrente, após estabelecer o nome a adoptar em todos os países, que usem o português.

O Prof. Doutor Luís Antero Reto (Reitor do Instituto Universitário de Lisboa - ISCTE) acaba de apresentar estudo sobre a língua portuguesa, referindo-se à importância do idioma, após o aparecimento de países emergentes, como: Brasil e Angola.

A língua portuguesa é a sétima mais falada; e quem a dominar, entende, sem dificuldade, o castelhano.

Todavia não é, e nunca será, acarinhada, porque tanto em Portugal, como no Brasil, dá-se mais valor às línguas estranhas, do que à nossa.

Já não chega ensinar, às nossas crianças, o inglês, agora os jovens andam, também, a aprenderem o mandarim.

Se é a China a principal interessada, visto pretender investir em Portugal, Angola e Brasil, porque não aprendem o português?

Já repararam: sempre que figura pública, se desloca ao estrangeiro, exprime-se na língua onde se encontra, v.g.: políticos, artistas, jogadores de futebol, etc., etc..; mas nunca escutei um espanhol, mesmo que viva em Portugal, falar a nossa língua.

Até os portugueses que emigraram, por snobismo, falam entre si, a língua dos países em que trabalham.

Estive a banhos na Póvoa do Varzim e ouvi membros da mesma família, conversarem em francês, e de repente, a mãe, irada pela traquinice da criança, lança palavrão, seguido de enxurrada de palavras portugueses!

Por que será que se comportam assim?!



HUMBERTO PINHO DA SILVA   -   Porto, Portugal.



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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

SERÁ NOVA MODA ? - Por HUMBERTO PINHO DA SILVA

 


                                               







Correu em Coimbra, o julgamento de menores, envolvidos no abuso sexual a colega de 12 anos.

Trago este caso à presença dos leitores, porque ilustra, e bem, o estado a que chegou a juventude, resultante da lavagem cerebral, que ao longo dos anos a mass-media tem realizado nas camadas mais jovens,

O descuido dos pais, a educação livre de “preconceitos”, tanto do agrado de libertinos, a perda de valores e o ateísmo que campeia na sociedade, incentivado por quem confunde liberdade com libertinagem, leva a casos como este.

Mas vamos aos factos relatados no “ Correio da Manhã” de 09/06/2012.

Um jovem torna-se amigo de estudante da escola que frequenta.

A determinado passo, pede à colega, que tem 12 anos, foto ao natural, e ela não viu inconveniência.

Na posse do retrato da menina nua, começa a exigir, sob ameaça de a mostrar a colegas e aos pais, relações sexuais.

Com o andar do tempo, a mocinha viu-se constrangida a aceitar agressões e aceder que as cenas fossem filmadas e assistidas por outros colegas da escola.

Receosa, tudo fazia, até o dinheiro para alimentação, que os pais lhe davam, tiravam-lhe. Desesperada, violada semanalmente pelos colegas, humilhada por todos, terminou por tentar suicídio, cortando-se com vidros.

A vitima - apesar da pouca idade, - também é , a meu ver, responsável, já que achou natural dar a colega, foto em que aparecia nua.

Caso semelhante aconteceu, igualmente, em Coimbra. Interveniente no caso acima descrito, tinha namorada de 14 anos, e como lhe pedisse fotografia, esta entregou-lhe uma em que estava despida.

O resultado foi ser chantageada, e não teve outro remédio senão entregar-lhe corpo e dinheiro.

Casos semelhantes de entrega de fotos sem roupa, chegam ao nosso conhecimento, ocorridos em escolas ou Internet.

Não culpo as jovens, que são vítimas da influência nefasta da televisão. Internet e até da imprensa, que sem pudor, mostra fotos obscenas no “Relax”; e também por “ conselheiras” de revistinhas femininas, verdadeiros antros de perversão de jovens, acicatando-as a entregarem-se ao prazer livre e irresponsável.

As mocinhas, e também rapazes - mormente na puberdade, - são presas fáceis desses torpes verdugos, que as desrespeitam e as animalizam, tornando-as despudoradas, transformando-as em puros objectos de prazer.

Que futuro terá a nossa sociedade? …a mesma, certamente, de todas que descambaram na lama imunda.

HUMBERTO PINHO DA SILVA   -   Porto, Portugal



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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

MANIPULAÇÃO DE NOTÍCIAS OU A INFLUENCIA DA TV - Por HUMBERTO PINHO DA SILVA











Ainda que o neguem, afirmando serem independentes, os meios de comunicação, além de informarem, formam a mentalidade dos leitores e ouvintes. O modo como são redigidas as notícias ou como as “ cozinham”, os pareceres dos redactores e cronistas, e até os títulos, influenciam no jeito de pensar dos leitores, mormente os mais assíduos.

O actor João Reis, em entrevista concedida a “ Notícias TV” (29.06.12), assevera, igualmente, isso: “ Se quiserem, as televisões conseguem manipular as pessoas. Aliás, basta ver, às vezes, o alinhamento dos noticiários para ver que manipulam.”

Poderosos grupos económicos guerreiam-se para adquirirem órgãos de maior audiência, e partidos políticos esforçam-se para assenhoreiam-se de “títulos” ou conquistarem a simpatia de empresas jornalísticas.

Político que crie laços de amizade com jornalistas, homens de letras ou grupos importantes de comunicação, têm a actividade facilitada, e pode, se o desejar, manipular notícias ou evitar que sejam publicadas.

A TV, como órgão de informação por excelência, é entre a mass-media, a que maior influência exerce no comportamento dos cidadãos.

A socióloga Helena Vilaça, em entrevista concedida a Joana de Belém, publicada no “Diário de Notícias” de 24/08/12, lembra, que: “ No Brasil houve um fenómeno muito interessante: os últimos censos dão conta de um aumento de conversões ao Islão e os estudos indicam que estão relacionados com uma telenovela que passava uma imagem positiva do Islão, o que contribuiu para que houvesse mais conversões”.

Em poucos anos, a TV, pode alterar hábitos, modos de pensar e até subtilmente influenciar resultados eleitorais.

Como se sabe, a maioria da população não pensa, repete o que ouve ou insinuam, pela telenovela, mesas redondas, noticiários e blogues.

A publicidade conhece perfeitamente esse extraordinário poder, vendendo produtos, lançando figuras públicas ou ideias, com sucesso, em escassos meses.

Nem a literatura escapa. Cai bem aqui o que li sobre livro de Mário Sá Carneiro, julgo ser “ Confissão de Lúcio”.

Lamentava-se o editor de não conseguir vender. Mário Sá Carneiro manda retirar os volumes do mercado. Pede a amigos que escrevam palavras elogiosas. Imprime páginas extras, com essas “críticas”, e cinta os livros, indicando que é segunda edição. A obra esgotou-se em poucas semanas.

Por isso se vê muita coisa, que não vale um chavo, ser best-seller, e obras dignas de serem lidas e relidas, como monos nas estantes dos livreiros, enodoadas de humidade e empoeiradas pelo tempo.


HUMBERTO PINHO DA SILVA   -   Porto, Portugal


 
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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

O pescador e o banqueiro



 

  

Adaptacão de Cristina Sáenz Enríquez

 

 

O pescador e o banqueiro. Um banqueiro de investimentos americano estava no cais de uma povoação das Caraíbas, quando chegou um barco com um único pescador. Dentro do barco, havia vários atuns amarelos de bom tamanho. O americano elogiou o pescador pela qualidade do pescado e perguntou-lhe: Quanto tempo gastou a pescá-los? O pescador respondeu que pouco tempo...

O americano perguntou-lhe logo: “Porque não gasta mais tempo e tira mais pescado?” O pescador disse que tinha o suficiente para satisfazer as necessidades imediatas da sua família. Volveu o americano: “Mas que faz você com o resto do seu tempo?”

O pescador disse: “Depois de pescar, descanso um pouco, brinco com os meus filhos, durmo a sesta com a minha mulher, vou ao povoado à noite, onde tomo vinho e toco guitarra com os meus amigos. Tenho uma vida prazenteira e ocupada"…

O americano replicou: "Sou um especialista em gestão e poderia ajudá-lo. Você deveria investir mais do seu tempo na pesca e adquirir um barco maior. Depois, com os ganhos, poderia comprar vários barcos e eventualmente até uma frota de barcos pesqueiros.

Em vez de vender o pescado a um intermediário, poderia fazê-lo diretamente a um processador e eventualmente até abrir a sua própria processadora. Poderia assim controlar a produção, o processamento e a distribuição. Deveria sair deste pequeno povoado e ir para a capital, donde geriria a sua empresa em expansão".

O pescador perguntou: “Mas, quanto tempo demoraria isso?” O americano respondeu: “Entre 15 e 20 anos". “E depois?“, perguntou o pescador. O americano riu-se e disse que essa era a melhor parte. “Quando chegar a hora, deveria anunciar uma OPA(Oferta Pública de Aquisição) e vender as ações da sua empresa ao público. Ficará rico, terá milhões!"Milhões ... E depois?“,  tornou o pescador.

Diz o americano: “Poderá então retirar-se. Vai para uma povoação da costa, onde pode dormir até tarde, pescar um pouco, brincar com os seus filhos, dormir a sesta com a sua mulher,ir todas as noites ao povoado tomar um vinho e tocar guitarra com os seus amigos".Responde o pescador: “Por acaso isso não é o que já tenho?"

MORAL DA HISTÓRIA: Quantas vidas se desperdiçam buscando alcançar uma felicidade que já se tem, mas que muitas vezes não vemos. A verdadeira felicidade consiste em apreciar o que temos, e não em sentirmo-nos mal por aquilo que não temos."Se choras por ter perdido o sol, as lágrimas não te deixarão ver as estrelas “A FELICIDADE É UM TRAJETO, NÃO UM DESTINO!


Fonte: site de Amadeu Wolf – O acesso pode ser feito clicando neste link.