segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O acesso ao conhecimento

26 de setembro de 2011

Por João Bosco Leal

Imediatamente após o nascimento, o cérebro da criança inicia sua jornada de conhecimentos terrestres, observando e armazenando informações sobre luz, som e imagens. Depois, já inicia os exercícios de seus comandos motores, ordenando a movimentação das mãos, pés e todos os outros movimentos possíveis do corpo.


Passada a fase inicial, do aprendizado natural, instintivo, os seres humanos só conhecem o que lhe mostram ou ensinam, desde seu idioma aos movimentos físicos necessários para a execução de infinitas possibilidades, como andar de bicicleta e mais tarde dirigir veículos das mais diversas espécies.


Durante esse aprendizado, realizado no lar, na rua, nas escolas e em todos os ambientes frequentados por uma pessoa, ela acaba aprendendo milhares de coisas desnecessárias, impróprias, boas ou ruins, cabendo a cada um usar ou não esse aprendizado, o que faz com que, por suas escolhas, cada um se torne um ser único, inigualável.


Além de físicas, as diferenças podem ser de saúde – pela forma como foram criadas-, educacionais, culturais, sociais e patrimoniais, com cada uma delas provocando outras, nas mais diversas áreas.


As mais fáceis de serem notadas, nos diferentes países ou em regiões distintas de um mesmo país, são as de idioma, pois as pessoas falam de modo, com velocidade, expressões e sotaque diferente de outras, com variações enormes dentro de um mesmo país, ou de muitos que utilizam o mesmo língua.


Como em muitos outros países, nas diversas regiões brasileiras também podemos notar acentuadas diferenças nos traços físicos das pessoas, por conta da origem de seus colonizadores.


O que mais chama a atenção, além de todas essas diferenças é que mesmo com todas elas o ser humano se adapta a qualquer mudança, seja climática, alimentar, de esforços físicos e principalmente de conhecimento.


Pessoas com pouquíssima instrução, residentes em pequenas aldeias, em meios rurais ou em matas, praticamente isoladas, distantes de qualquer grande centro, sabem de coisas sobre as quais muitos professores e doutores não possuem qualquer conhecimento, principalmente em relação à utilização de produtos da natureza para sua alimentação ou como medicamentos.


Mesmo em pessoas com isolamento praticamente total, independentemente da quantidade de anos, a mente está sempre pronta para novos aprendizados, bastando para isso o contato com as informações.


O mesmo pode ser observado nos animais de várias espécies, como as de papagaios e cacatuas que, quando expostos à convivência com humanos acabam falando e até cantando. Recentemente a imprensa divulgou que algumas cacatuas, em seu habitat natural da Austrália e ilhas vizinhas, aprenderam a gritar, falar e cantar em português, pelo contato com papagaios contrabandeados do Brasil, que lá escaparam e alcançaram a natureza.


Com a exposição ao conhecimento, além de educação e cultura, o ser humano acaba possuindo mais saúde, com novos hábitos de higiene e alimentação, transmitindo isso aos seus descendentes que, em virtude dessa mudança dos pais, já nascerão mais saudáveis.


Além de se preservar e aprofundar os estudos dos conhecimentos adquiridos durante gerações por aqueles que viveram da natureza, como os índios e os silvícolas ainda existentes, é preciso colocar à disposição de todos, cada vez mais tipos de conhecimento, literário, histórico, científico e tecnológico, o que fará alcançarmos outros novos mais rapidamente.


As possibilidades de conhecimento humano são infinitas fontes de progresso, mas só possíveis com sua disponibilização geral.

Clique aqui para conferir no site do autor, esta matéria recebida por e.mail

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

...tememos os filhos.

Limites [05/10/2009]


Somos as primeiras gerações de pais decididos a não repetir com os filhos, os erros de nossos progenitores e com o esforço de abolirmos os abusos do passado somos os pais mais dedicados e compreensivos; mas, por outro lado os mais bobos e inseguros que já houve na história.


O grave é que estamos lidando com crianças mais “espertas” do que nós, ousadas, e mais “poderosas” que nunca! Parece que, em nossa tentativa de sermos os pais que queríamos ser, passamos de um extremo ao outro.


Assim, somos a última geração de filhos que obedeceram a seus pais e a primeira geração de pais que obedecem a seus filhos. Os últimos que tivemos medo dos pais e os primeiros que tememos os filhos. Os últimos que cresceram sob o mando dos pais e os primeiros que vivem sob o julgo dos filhos. E, o que é pior os últimos que respeitamos nossos pais e os primeiros que aceitamos que nossos filhos nos faltem com o respeito.


À medida que o que o permissível substituiu o autoritarismo, os termos das relações familiares mudou de forma radical para o bem e para o mal. Com efeito, antes se considerava um bom pai, aquele cujos filhos se comportavam bem, obedeciam suas ordens, e os tratavam com devido respeito. E bons filhos, a crianças que eram formais, e veneravam seus pais, mas à medida que as fronteiras hierárquicas entre nós e nossos filhos foram se desvanecendo, hoje, os bons pais são aqueles que conseguem que seus filhos os amem, ainda que pouco o respeitem.


E são os filhos, quem agora, esperam respeito de seus pais, pretendendo de tal maneira que respeitem suas idéias, seus gostos, suas preferências e sua forma de agir e viver. E além disso, que patrocinem o que necessitarem para tal fim. Quer dizer; os papéis se inverteram. Agora são os pais que têm que agradar a seus filhos para “ganhá-los” e não o inverso como no passado. Isto explica o esforço que fazem tantos pais e mães para serem os melhores amigos e “darem tudo” a seus filhos.


Dizem que os extremos se atraem. Se o autoritarismo do passado encheu os filhos de medo de seus pais a debilidade do presente os preenche de medo e menosprezo aos nos verem tão débeis e perdidos com eles.


Os filhos precisam perceber que durante a infância, estamos à frente de suas vidas, como líderes capazes de sujeitá-los quando não os podemos conter e de guiá-los , enquanto não sabem pra onde vão. É assim que evitaremos que as novas gerações se afoguem no descontrole e tédio no qual está afundando uma sociedade eu parece ir à deriva, sem parâmetros nem destino.


Se o autoritarismo suplante, o permissível sufoca.


Apenas uma atitude firme, respeitosa, lhes permitirá confiar em nossa idoneidade para governar suas vidas enquanto forem menores, porque vamos à frente liderando-os e não atrás, carregando-os e rendidos às suas vontades.


Os limites abrigam o indivíduo. Com amor ilimitado e profundo respeito.



Mônica Manastério.


Texto recebido por e.mail do amigo Marco Antônio de Souza e Silva, que também está publicado no site do Colégio Plínio Leite – Clique aqui para conferir

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Desabafo de uma senhora idosa sobre a onda de preservação do meio ambiente

de Edson Paulucci

edson.paulucci@gmail.com

para cco lcarlosnogueira@gmail.com

data19 de setembro de 2011 20:25

assunto: Desabafo de uma senhora idosa sobre a onda de preservação do meio ambiente

enviado por gmail.com

assinado por gmail.com


DESABAFO


"Na fila do supermercado o caixa diz uma senhora idosa que deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não eram amigáveis ao meio ambiente. A senhora pediu desculpas e disse:


“Não havia essa onda verde no meu tempo.”


O empregado respondeu: "Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com nosso meio ambiente. "


"Você está certo", responde a velha senhora, nossa geração não se preocupou adequadamente com o meio ambiente.


Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes.


Realmente não nos preocupamos com o meio ambiente no nosso tempo. Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões.


Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente. Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secavam nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas.


Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente, naqueles dias. Naquela época só tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado como?


Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usamos jornal amassado para protegê-lo, não plastico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar.


Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade.


Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o meio ambiente. Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos. Canetas: recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra. Abandonamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lámina ficou sem corte.


Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou de ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas. Tínhamos só uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima.


Então, não é risível que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas não quer abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha época?


Texto de autor desconhecido enviado por e.mail, pelo publicitário Edson Paulucci.