sexta-feira, 29 de abril de 2011

A tecnologia na educação

29 de abril de 2011

Por João Bosco Leal

Algumas coisas me chamam bastante a atenção quando vejo o excesso de equipamentos eletrônicos à disposição dos jovens, e de como isso vem alterando o aprendizado escolar.

Nenhum jovem sabe mais, e provavelmente nem seus professores, fazer contas manualmente. De cabeça então, nem pensar. Sempre fui bom em contas e até hoje, já perto dos 60, gosto de fazer minhas contas de cabeça, ou manualmente, e só depois, se entender necessária uma confirmação, uso uma calculadora eletrônica.

Fico abismado de ver como, ao fazer compras no comércio, qualquer que seja a conta a ser realizada para o troco a pessoa usa a máquina, mesmo quando a conta é até ridícula, como uma de R$ 7,00, a serem cobrados de uma nota de R$ 10,00.

Depois das calculadoras haverem se tornado indispensáveis para essa população abaixo dos 30 anos, o computador passou a ser disponibilizado em longas e suaves prestações nas grandes lojas de departamentos.

Sua popularização foi tão grande que atualmente, até para as continhas antes feitas nas calculadoras, já se usam os notebooks, netbooks, tables, ou qualquer outro equipamento eletrônico portátil como os celulares, mas as contas manuais, ou de cabeça, já não existem.

A criança já se sente inferiorizada ao ir à escola sem um celular que, além de falar, ao mesmo tempo receba mensagens de texto, tenha jogos, GPS, toque músicas, proporcione acesso a todas as redes sociais e aos canais de TV digitais.

A mesma criança precisa chegar em casa e ter à sua disposição um computador, que certamente já não poderá ser o desktop de uso coletivo da família, mas sim um notebook de uso pessoal, para que possa fazer suas pesquisas na internet e depois submetê-las à apreciação dos professores em uma apresentação do Power Point, para que a classe toda possa acompanhar.

Além do consumismo desenfreado desse tipo de equipamento, penso sempre no que entendo ser outro inconveniente nessa utilização: as pessoas deixam de pensar, jogam tudo para as máquinas resolverem e, dessa maneira, subutilizam a mais perfeita delas, o nosso cérebro.

Atualmente, máquinas são incumbidas de gerar outras, desaparecendo a possibilidade de surgirem pessoas que realizem criações geniais como a lâmpada incandescente, criada por Thomas Edison em 21 de outubro de 1879, 132 anos atrás.

A utilização da energia elétrica proporcionou um desenvolvimento tão elevado que, em menos de 150 anos, saímos da era da lamparina para os super e micro computadores atuais.

O consumo desenfreado de máquinas e equipamentos, criados para servir o homem, pode acabar com ele.

Matéria enviada por e.mail – Clique aqui para conferir no site do autor

quinta-feira, 28 de abril de 2011

LIÇÃO DE VIDA PARA O OCIDENTE

E.mail recebido do meu amigo Dr. Ênio Guenka (Médico gastroenterologista)







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ocultar detalhes 22 abr (5 dias atrás)




:

Coração

LIÇÃO DE VIDA PARA O OCIDENTE


A carta abaixo foi escrita por um imigrante vietnamita que é policial no Japão (Fukushima). Foi enviada a um jornal em Shangai que traduziu e publicou. Eu procurei ser o mais fiel possível ao texto original. Espero que gostem!


Querido irmão,



Como estão você e sua família? Estes últimos dias tem sido um verdadeiro caos. Quando fecho meus olhos, vejo cadáveres e quando os abro, também vejo cadáveres.



Cada um de nós está trabalhando umas 20 horas por dia e mesmo assim, gostaria que houvesse 48 horas no dia para poder continuar ajudar e resgatar as pessoas.

Estamos sem água e eletricidade e as porções de comida estão quase a zero. Mal conseguimos mudar os refugiados e logo há ordens para mudá-los para outros lugares.

Atualmente estou em Fukushima – a uns 25 quilômetros da usina nuclear. Tenho tanto a contar que se fosse contar tudo, essa carta se tornaria um verdadeiro romance sobre relações humanas e comportamentos durante tempos de crise.

As pessoas aqui permanecem calmas – seu senso de dignidade e seu comportamento são muito bons – assim, as coisas não são tão ruins como poderiam. Entretanto, mais uma semana, não posso garantir que as coisas não cheguem a um ponto onde não poderemos dar proteção e manter a ordem de forma apropriada.

Afinal de contas, eles são humanos e quando a fome e a sede se sobrepõem à dignidade, eles farão o que tiver que ser feito para conseguir comida e água. O governo está tentando fornecer suprimentos pelo ar enviando comida e medicamentos, mas é como jogar um pouco de sal no oceano.

Irmão querido, houve um incidente realmente tocante que envolveu um garotinho japonês que ensinou um adulto como eu uma lição de como se comportar como um verdadeiro ser humano.

Ontem à noite fui enviado para uma escola infantil para ajudar uma organização de caridade a distribuir comida aos refugiados. Era uma fila muito longa que ia longe. Vi um garotinho de uns 9 anos. Ele estava usando uma camiseta e um par de shorts.


Estava ficando muito frio e o garoto estava no final da fila. Fiquei preocupado se, ao chegar sua vez, poderia não haver mais comida. Fui falar com ele. Ele disse que estava na escola quando o terremoto ocorreu. Seu pai trabalhava perto e estava se dirigindo para a escola. O garoto estava no terraço do terceiro andar quando viu a tsunami levar o carro do seu pai.



Perguntei sobre sua mãe. Ele disse que sua casa era bem perto da praia e que sua mãe e sua irmãzinha provavelmente não sobreviveram. Ele virou a cabeça para limpar uma lágrima quando perguntei sobre sua família.


O garoto estava tremendo. Tirei minha jaqueta de policial e coloquei sobre ele. Foi ai que a minha bolsa de comida caiu. Peguei-a e dei-a a ele. “Quando chegar a sua vez, a comida pode ter acabado. Assim, aqui está a minha porção. Eu já comi. Por que você não come”?


Ele pegou a minha comida e fez uma reverência. Pensei que ele iria comer imediatamente, mas ele não o fez. Pegou a bolsa de comida, foi até o início da fila e colocou-a onde todas as outras comidas estavam esperando para serem distribuídas.

Fiquei chocado. Perguntei-lhe por que ele não havia comido ao invés de colocar a comida na pilha de comida para distribuição. Ele respondeu: “Porque vejo pessoas com mais fome que eu. Se eu colocar a comida lá, eles irão distribuir a comida mais igualmente”.

Quando ouvi aquilo, me virei para que as pessoas não me vissem chorar.


Uma sociedade que pode produzir uma pessoa de 9 anos que compreende o conceito de sacrifício para o bem maior deve ser uma grande sociedade, um grande povo.

Bem, envie minhas saudações a sua família. Tenho que ir, meu plantão já começou.

Ha Minh Thanh

Vejam que interessante - morreram mais de 15 mil pessoas no Japão - em dois desastres que fazem com que as nossas enchentes sejam coisas evitáveis (e são, basta as pessoas terem vergonha !).

O que podemos aprender com o Japão?

DEZ COISAS A SEREM APRENDIDAS PELO JAPÃO

1 – A CALMA

Nenhuma imagem de gente se lamentando, gritando e reclamando que “havia perdido tudo”. A tristeza por si só já bastava.

2 – A DIGNIDADE

Filas disciplinadas para água e comida. Nenhuma palavra dura e nenhum gesto de desagravo.

3 – A HABILIDADE

Arquitetos fantásticos, por exemplo. Os prédios balançaram, mas não caíram.

4 – A SOLIDARIEDADE

As pessoas compravam somente o que realmente necessitavam no momento. Assim todos poderiam comprar alguma coisa.

5 – A ORDEM

Nenhum saque a lojas. Sem buzinaço e tráfego pesado nas estradas. Apenas compreensão.

6 – O SACRIFÍCIO

Cinquenta trabalhadores ficaram para bombear água do mar para os reatores da usina de Fukushima. Como poderão ser recompensados?

7 – A TERNURA

Os restaurantes cortaram pela metade seus preços. Caixas eletrônicos deixados sem qualquer tipo de vigilância. Os fortes cuidavam dos fracos.

8 – O TREINAMENTO

Velhos e jovens, todos sabiam o que fazer e fizeram exatamente o que lhes foi ensinado.

9 – A IMPRENSA

Mostraram enorme discrição nos boletins de notícias. Nada de reportagens sensacionalistas com repórteres imbecis. Apenas calmas reportagens dos fatos.

10 – A CONSCIÊNCIA

Quando a energia acabava em uma loja, as pessoas recolocavam as mercadorias nas prateleiras e saiam calmamente..

quarta-feira, 27 de abril de 2011

PRIMEIRO MANUAL DE CAÇA ÀS BRUXAS - POR ENQUANTO É JUDICIÁRIO QUE ESTÁ NA MIRA


26/04/2011 20:38

Magistrado: Congresso já pode sustar atos do Poder Judiciário

Lula Lopes
Cláudio Ari Mello (professor da PUC-RJ) e Henrique Calandra (presidente da AMB)
Henrique Nelson Calandra (dir.) defendeu que o Congresso suste algumas ações do CNJ.

O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Henrique Nelson Calandra, afirmou nesta terça-feira que o Congresso Nacional já possui a prerrogativa de sustar atos do Poder Judiciário quando considerar que os juízes exorbitaram suas funções. “Para isso, basta a promulgação de um decreto legislativo, o que até agora nunca ocorreu”, explicou o juiz.


Ele aproveitou para recomendar que o Congresso suste a validade de atos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre gastos e obras. “Se existe algum órgão que tem exorbitado o poder de regulamentar é o conselho”, disse.


As afirmações foram feitas durante o painel da tarde do seminário “Separação de Poderes e Segurança Jurídica”, promovido pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).



O seminário foi proposto pelo deputado Nazareno Fonteles (PT-PI), um dos autores da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 3/11, que autoriza o Legislativo a sustar atos normativos do Judiciário que vão além do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa.



Críticas


Apesar de considerar o debate interessante, o presidente da AMB afirmou discordar da atual redação da proposta. Segundo ele, a PEC permite a invasão de um Poder sobre o outro, não está com o formato adequado e ainda precisa ser mais discutida.



O professor de Direito Constitucional da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Marcelo Andrade Cattoni de Oliveira foi mais enfático nas críticas à PEC. Para o advogado, a ideia é preocupante, porque “as decisões judiciais são para ser cumpridas”, afirmou.



Em resposta aos convidados, Nazareno Fonteles disse que o grande conflito entre os poderes Legislativo e Judiciário está na interpretação quanto à constitucionalidade das leis. Ele explicou que é favorável à manifestação do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o assunto, mas afirmou que em alguns casos a palavra final não deve caber ao tribunal. “Se o Congresso discordar da decisão do Supremo, a sociedade deverá ser consultada para dar a decisão final”, defendeu.

Íntegra da proposta:

Reportagem - Oscar Telles
Edição - Juliano Pires

Fonte: Agência Câmara de Notícias – clique aqui para conferir

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Os excessos de consumo e nosso futuro

25 de abril de 2011

Por João Bosco Leal

Está aumentando bastante em nosso país o consumo do que antes era conhecido como supérfluo, e as pessoas passaram a usar, em volume muito maior, carros importados, roupas, bolsas, sapatos e relógios de grife, e em suas novas casas podemos ver aparelhos de som e televisões enormes instalados em vários ambientes.


A inflação mais baixa e o crédito mais fácil certamente alavancaram a economia popular, e melhorou bastante o padrão de vida do brasileiro ao permitir maior consumo em todas as camadas sociais. A melhor alimentação, a aquisição da casa própria e a aquisição de diversos produtos antes nem sonhados, passaram a ser possíveis.


Esse consumo maior pode ser facilmente observado em nossa sociedade, que com a política econômica atual, a globalização da economia, a abertura de mercados e a informação via internet, certamente foi influenciada pela política consumista norte americana e pela moda européia.


Entretanto essas facilidades de informação e de crédito estão sendo pouco controladas pela população brasileira, não acostumada a elas nas últimas quatro décadas, durante as quais teve pouca educação, a informação era restrita às classes sociais mais abastadas que podiam viajar ao exterior, e conviveu com muita inflação.


A grande maioria da população economicamente ativa do país nunca viveu em uma economia sem inflação e, consequentemente, nunca absorveu o hábito da poupança, do seguro-saúde, da estabilidade econômica em seu envelhecimento e da garantia da escola universitária para os filhos.


Sem esses costumes, mas com os tradicionais e os modernos veículos de comunicação incentivando o consumo cada vez maior, e para pessoas cada vez mais jovens, nada mais óbvio de se esperar que o descontrole da economia dos lares, onde o endividamento está ultrapassando os níveis razoavelmente aceitáveis.


As esposas atualmente trabalham como os próprios maridos e, mesmo assim, o casal normalmente já não consegue arcar financeiramente com os gastos da família e, inconscientemente, para suprir sua ausência e poder mostrar carinho quando presente, acaba dando cada vez mais aos filhos, que ficam sem parâmetros de limites.

Os filhos sem limites pedem cada vez mais, e os pais tentam acobertar suas falhas educacionais adquirindo tudo o que lhes é pedido. Em um supermercado, ouvi uma senhora dizer ao marido que estava escandalizada por ele negar um brinquedo de pouquíssimo valor ao filho que chorava. Disse que devia dar, pois ao menos o menino ia parar de chorar, e ela teria paz.


Pensando somente em seu bem estar momentâneo, essas pessoas não criarão filhos, netos ou uma sociedade mais responsável, com princípios educacionais mais sólidos e que pensa no bem comum, inviabilizando assim, no futuro, aquela que seria a sociedade por ele mesmo imaginada como a ideal para seus descendentes.

Toda a humanidade viveu sem quase nada do que hoje possuímos, e foi assim que construiu tudo o que temos. Isso mostra que, apesar de nos proporcionar muitas facilidades e conforto, todo o supérfluo hoje a nosso dispor não é vital para que tenhamos progresso ou felicidade e, portanto, é realmente desnecessário.


A limitação responsável dos gastos e dos excessos no consumo certamente nos proporcionará um futuro mais promissor, e as economias de qualquer pessoa, lar, sociedade ou país precisam ter limites, ou não suportarão, e seu descontrole provocará dores e tristezas impagáveis.


Matéria enviada pelo autor, por e.mail - Clique aqui para conferir